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Vendaval causou estragos no Paraná | RIC/REPRODUÇÃO

Vendavais causaram estragos nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. As rajadas passaram dos 100 km/h em diversas cidades com registro máxima até de 150 km/h no Nordeste do Rio Grande do Sul. Os vendavais causaram destelhamentos, queda de árvores e postes, colapso de estruturas e falta de luz.

No Rio Grande do Sul, estações oficiais registraram rajadas de vento de 152 km/h em Vacaria e 96 km/h em Canela. Em conversa com o Corpo de Bombeiros local, a MetSul apurou que o vento destrutivo foi localizado e atingiu mais o Norte do município com danos nos bairros Lomba Chata, Barcelos, São Francisco, Chico Mendes e Borges. Os bombeiros informaram cerca de 20 casas destelhadas e queda de postes, mas o número passa de 40 porque algumas ocorrências foram atendidas pela Defesa Civil Municipal.

Vendavais causaram estragos ainda em Santa Catarina. Estações do Instituto Nacional de Meteorologia indicaram rajadas de 113 km/h em Xanxerê, 108 km/h em Urupema, 86 km/h em Novo Horizonte, 84 km/h em Joaçaba, 82 km/h em Campos Novos e Tangará, 77 km/h em Caibi, e 76 km/h em Curitibanos.

Chapecó, Concórdia, Seara, Xanxerê, Joaçaba, Novo Horizonte e Caibi foram algumas das cidades atingidas pelos fortes ventos. As cidades de Itapiranga, Vieira, Caçador e São Miguel do Oeste também tiveram registros de ocorrências, além de São José do Cedro, Guarujá do Sul, Dionísio Cerqueira e Palma Sola. Houve destelhamentos, queda de árvores e postes. Em Jupiá, um veículo Vectra foi atingido por um eucalipto e o motorista morreu.

Vendavais com danos também no Paraná. Estações do Inmet e Simepar acusaram 91 km/h em Curitiba, 90 km/h em Entre Rios, 86 km/h em Dois Vizinhos, 85 km/h em Marechal Cândido Rondon, 77 km/h em Diamante do Norte, 76 km/h em Cascavel, 75 km/h em Cidade Gaúcha, e 73 km/h em Castro e Toledo.  Houve estragos em municípios como Santa Helena e Marechal Cândido Rondon.

O vento intenso chegou ao Mato Grosso do Sul, onde estações automáticas do Inmet anotaram rajadas de 108 km/h em Rio Brilhante, 85 km/h em Ivinhema, 83 km/h em Dourados, 76 km/h em Sete Quedas e 74 km/h em Ponta Porã. Além de quedas de árvores, alguns municípios como Amambai, Jardim e Guia Lopes da Laguna registraram destelhamento de casa e também queda de torres de energia elétrica. Em São Paulo, a estação oficial em Dracena acusou vento de 78 km/h.

Por que os vendavais? Uma frente fria associada a um centro de baixa pressão no Rio Grande do Sul avançou pelo Sul do Brasil de Oeste para Leste gerando nuvens muito carregadas de tempestades que trouxeram chuva forte, raios e os vendavais.

O vento foi o fenômeno mais severo por uma linha de instabilidade com cerca de quase dois mil quilômetros ao longo da frente fria. Ar mais frio avançava na retaguarda da frente pelo Norte da Argentina e o Paraguai. Ao encontrar uma massa de ar muito quente e instável, com a presença de uma corrente de jato em baixos níveis, a frente gerou os vendavais.