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Vendavais causaram destruição em cidades do Oeste do Paraná | REDES SOCIAIS

Quatro dias depois da onda de tempestades que deixou oito mortos e milhões sem luz no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil, vendavais voltaram a causar destruição ontem. Desta vez, os danos ocorreram no Sul do Brasil com os estragos concentrados no Oeste do estado do Paraná.

A passagem de uma linha de instabilidade com vendavais intensos castigou diversas cidades do Oeste paranaense com rajadas que passaram em alguns pontos dos 100 km/h, embora o maior registro em estações do Instituto Nacional de Meteorologia tenha sido de 83 km/h no município de Planalto. O Aeroporto de Foz do Iguaçu reportou rajadas de 89 km/h.

Missal foi um dos municípios mais atingidos. O vendaval colocou abaixo o salão paroquial de igreja nas proximidades do lago de Itaipu, de acordo com informações da prefeitura da cidade.

Outra localidade duramente castigada pelos vendavais da terça-feira foi Itaipulândia, onde o vendaval do fim da tarde causou destelhamentos de moradias e prédios. O vento ainda derrubou postes de energia no município.

Ao menos dez residências foram destelhadas pelo temporal em Itaipulândia e a estrutura de uma indústria local sofreu graves danos. Autoridades locais informaram que não houve vítimas na tempestade severa.

Em Santa Helena, a tempestade causou diversos estragos. O vento intenso derrubou a torre de internet local, deixando moradores sem acesso à rede. Houve ainda quedas de árvores, postes e danos em moradias.

No final da terça-feira, de acordo com nota da Companhia Paranaense de Energia (Copel), cerca de 28 mil clientes estavam sem energia. As áreas mais afetadas eram o Oeste, Sudoeste e o Centro-sul do Paraná.

Por que houve os temporais? Uma linha de instabilidade avançou no final da tarde da terça-feira pelo Sudoeste do estado do Paraná com fortes a intensas rajadas de vento e em alguns pontos com força destrutiva.

A linha de instabilidade se formou no ambiente ciclogenético (formação de ciclone) com uma área de baixa pressão no Rio Grande do Sul e que migrava para o oceano, onde deu origem a um ciclone não intenso.

No Rio Grande do Sul, a baixa pressão trouxe chuva e vento, mas sem danos. As rajadas mais fortes observadas na rede oficial foram de 92 km/h em São Borja, 74 km/h no Chuí, 72 km/h em Santa Rosa, 71 km/h em Cruz Alta, 63 km/h no Chuí e 61 km/h em Jaguarão.

Na sexta-feira, o risco de temporais retorna para o estado do Paraná. Serão ocorrências isoladas de tempo severo, mas que em alguns pontos podem ser fortes e causar danos por vento ou queda de granizo.

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