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Cheia de setembro foi a segund maior da história em Lajeado | PREFEITURA MUNICIPAL

Um mês depois da catástrofe que deixou 51 mortos, o Vale do Taquari enfrenta uma nova enchente. A cheia do Rio Taquari, que já havia sido alertada pela MetSul Meteorologia, entretanto, é muito menor que a da primeira semana de setembro e não tem os impactos dramáticos que a população local enfrentou no mês passado.

O nível do Rio Taquari no porto de Estrela, usado como referência históricas para cotas de cheias por mais de um século, estava no final da manhã deste domingo em 21,70 metros. As águas já baixavam em Encantado e Santa Tereza, indicando que o Taquari está perto de atingir o pico da cheia e estabilizar no começo desta tarde de domingo.

Embora perto de estabilizar na parte baixa do vale, o Rio Taquari ainda deve subir muito nas próximas horas na parte final da bacia, antes de desembocar no Rio Jacuí, em Mariante, Taquari e Bom Retiro do Sul. A vazão da cheia do Taquari chegará ao Lago Guaíba nas próximas 72 horas, elevando o nível do lago da capital que já está muito alto.

Em resposta à cheia, a Defesa Civil de Lajeado começou a remover as primeiras famílias ainda hoje cedo. Elas foram levadas para o abrigo no Centro Esportivo Municipal (CEM), localizado no Bairro São Cristóvão, em Lajeado. Mais cedo, o prefeito havia anunciado nas redes sociais que foi colocado em ação um plano de contingência.

Caminhões foram acionados para remover famílias de áreas inundadas em Lajeado e abrigos foram preparados para receber as pessoas afetadas por mais uma enchente no Vale do Taquari, embora de muito menor proporção que a do começo do mês de setembro.

A cheia do Rio Taquari entre os dias 4 e 5 de setembro deste ano foi de proporções históricas e atingiu níveis que somente foram vistos uma vez desde o começo das medições no século 19. O nível medido em Estrela e informado pela Prefeitura da cidade chegou a 29,62 metros.

A cota medida é a segunda maior já aferida na cidade. Ficou pouco abaixo do recorde de 29,92 metros, da grande enchente no Rio Grande do Sul de maio de 1941. Superou no ranking das maiores cheias da histórias as marcas de 28,86 metros de abril de 1956 e de 27,55 metros da grande cheia de julho de 2020.