O Vale do Sinos enfrenta a quinta enchente seguida neste ano e, com base nos dados de medição do nível do Rio dos Sinos em Campo Bom, trata-se da segunda maior de 2023 até agora, somente atrás da registrada após a precipitação extrema do ciclone do mês de junho. Efeito da chuva excessiva do começo da semana nas nascentes entre a Serra e o Litoral Norte.
Em Sapiranga, conforme o Correio do Povo, ao menos 16 pessoas seguem abrigadas no ginásio montado pela Prefeitura. A Avenida Presidente Kennedy, no bairro Parto das Palmeiras está intransitável. O acesso a cerca de 80 residências que existem no local só pode ser feito de barco ou retroescavadeira. Há muita água nos pátios das residências e dentro de algumas casas.
Em Campo Bom, quatro pessoas estão abrigadas pela Prefeitura. A mediação do Rio do Sinos no final da manhã desta sexta-feira na régua da Barrinha indicava 7,40 metros. O nível supera os 7,32 metros da última enchente, mas está abaixo do pico de 7,60 metros da cheia de junho.
Em Sapucaia do Sul, o Sinos extravasa entre os bairros Carioca e Fortuna. Nas ruas Formigueiros e Sebastião Fauth, a água invadiu os pátios das residências. Pelo menos 15 famílias permanecem fora de casa e estão abrigadas junto as residências de parentes e amigos. Em Esteio, não há desabrigado.
Como a enchente ainda não atingiu o seu pico em Campo Bom e deve estabiliza só nas próximas horas na cidade, a tendência é que o Sinos siga subindo em cidades mais ao Sul da bacia como Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas. Em Canoas, na praia de Paquetá, há o agravante de o Sinos ser represado pelo elevado nível do Guaíba que voltará a se elevar no fim de semana.