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O ciclone tropical Mawar fez história nesta semana no Pacífico e trouxe as mais incríveis imagens de satélite de um sistema meteorológico até agora neste ano no planeta. O sistema meteorológico transformou-se na tempestade mais poderosa da Terra em mais de dois anos.

CIRA/CSU

O supertufão Mawar, no Pacífico Oeste, gerou ondas no mar de 21 metros em meio a rajadas de 350 km/h enquanto avançava pelas águas quentes do oceano. O que meteorologistas especialistas descreveram como uma “besta” explodiu da categoria 2 para a categoria 5 em apenas um dia.

A tempestade passou ao Norte de Guam como categoria 4 na quarta-feira, atingindo a ilha com ventos na categoria 2 e chuvas torrenciais. Depois, ao avançar por águas mais quentes passou por um processo de rápida intensificação e atingiu a força da categoria 5 na escala de furacões, colocando-se entre as dez tempestades mais fortes que ocorreram globalmente desde o ano 2000.

Mawar corresponde às tempestades mais fortes já observadas em todo o mundo durante o mês de maio e supera qualquer uma globalmente em 2022. Embora o ciclone se dê dentro do processo de variabilidade natural do clima, Mawar se encaixa em um padrão de tempestades mais intensas e mais propensas a uma rápida intensificação numa era marcada pelo aquecimento dos oceanos e pelas mudanças climáticas induzidas pelo homem.

Mawar entra para a estatística como uma tempestade extrema de força histórica. Na manhã de sexta-feira, apresentava ventos de 300 km/h com rajadas mais fortes. O ciclone era perfeitamente simétrico nas imagens de satélite, indicando a fúria extrema do vento em torno de um olho muito bem definido.

Desde 1950, apenas oito tufões na bacia do Pacífico Ocidental atingiram o status equivalente à categoria 5 durante o mês de maio. Mawar foi o nono. Na noite de quinta-feira, o Joint Typhoon Warning Center avaliou os ventos máximos sustentados da parede do olho de Mawar em 298 km/h. As rajadas eram de 346 km/h.

CIRA/CSU

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Só um outro tufão do Pacífico Ocidental no banco de dados do Serviço Nacional de Meteorologia se tornou tão forte durante o mês de maio, Phyllis, em 29 de maio de 1958. Em nenhum outro lugar do planeta se tem registro de ciclone tão intenso durante o mês de maio. Ao longo de todos os meses do ano, e não apenas em maio, apenas 13 outros tufões atingiram a força de 298 km/h desde 1979.

Igualmente impressionante foi a pressão atmosférica no centro de Mawar, que atingiu em torno de 897 milibares na manhã da sexta-feira. A pressão média do ar ao nível do mar é de 1012 milibares. A pressão do ar representa o peso do ar sobre um determinado local. Uma pressão de ar mais baixa significa um sistema de baixa pressão mais forte.

A pressão do ar dentro de Mawar foi equivalente a de um morro de mil metros. Isso significa que aproximadamente um décimo do ar da atmosfera estava “faltando” no centro de Mawar, estimulando a poderosa sucção interna responsável pelos ventos extremos da tempestade e um olho impressionante.

A última projeção do Joint Typhoon Warning Center indica que Mawar, que enfraqueceu em relação ao seu pico de força ontem, deve seguir sobre mar aberto sem tocar terra. O poderoso ciclone vai passar perto do Norte das Filipinas e recurvar para Norte ao aproximar-se de Taiwan, sem atingir a ilha de Formosa.