Desespero após o terremoto que causa devastação na Síria e Turquia com perspectiva de vários milhares de mortos | ILYAS AKENGIN/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O violento terremoto que atingiu o Sudeste da Turquia e o Noroeste da Síria coincidiu com uma tempestade de inverno com neve e temperaturas congelantes. Um dia cinzento e nevado acompanha agora as vítimas em meio à destruição e condições de quase congelamento.

A previsão para Gaziantep, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto, é de máximas de cerca de 4ºC em dia nublado com chance de neve e muito baixa sensação térmica pelo vento nesta segunda-feira.

Imagens após o terremoto mostraram neve caindo sobre os escombros do Hotel Avşar desabado na cidade de Malatya, e moradores relataram vários centímetros de neve no chão em Gazantiep. Imagens transmitidas pela mídia turca mostraram pessoas abrigadas em seus carros, estacionados ao longo de estradas com neve, após o terremoto.

O terremoto coincidiu com uma tempestade de inverno que causou interrupções significativas nos voos. Mais de 235 voos programados para domingo e segunda-feira foram cancelados devido ao mau tempo.

Em um comunicado publicado após o terremoto, a organização não governamental International Blue Crescent Relief and Development Foundation pediu aquecedores, cobertores e roupas térmicas.

“O tempo não está ajudando”, disse um porta-voz, no comunicado. A chuva forte e a neve juntas tornaram a vida daqueles que foram forçados a deixar suas casas “muito difícil de sobreviver”, acrescentou.

A meteorologista Karen Maginnis da CNN descreveu os riscos da tempestade de inverno: “Centenas de milhares de pessoas são afetadas por isso. Está frio. Está chovendo. As estradas podem ser afetadas, isso significa sua alimentação, seu sustento, o cuidado de seus filhos, o cuidado de sua família”, disse ela.

“Qualquer coisa no que diz respeito a colheitas ou qualquer coisa que cresça nesta região também será impactada”, acrescentou ela. “As ramificações disso são amplas e afetarão essa região por semanas e meses”.