Temporais com chuva intensa atingiram o litoral do Paraná entre a tarde e noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado com alagamentos e inundações em diversas cidades da costa paranaense. Morretes, Antonina, Guaratuba e Paranaguá foram as localidades mais afetadas pela chuva.
DEFESA CIVIL DO PARANÁ
Na Colônia Pereira, em Paranaguá, duas famílias ficaram ilhadas nas próprias residências após uma enxurrada. Ao chegar no local, a equipe de bombeiros verificou que o nível do rio tinha baixado, o que facilitou a retirada das vítimas do local.
Treze estudantes passaram a noite dentro de um micro-ônibus após ficarem ilhados na inundação que atingiu o bairro Cubatão, em Guaratuba. Os alunos estudam no turno da noite e voltavam para casa, quando foram apanhados pela inundação.
Uma força-tarefa montada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná e a Defesa Civil atende a população afetada pelas fortes chuvas. São mais de 50 bombeiros militares em sete equipes, além de servidores municipais e 13 profissionais do Samu. Mais 50 policiais militares também estão atuando na região, informou o governo do Paraná.
Os trabalhos contam com apoio de aeronaves do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas – BPMOA, outras forças de segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com balanço preliminar da Defesa Civil, cerca de 3 mil pessoas foram afetadas direta e indiretamente no Litoral, não significando que todas tiveram casas alagadas. O número inclui também quem não pode se deslocar em função da subida das águas. Há 90 pessoas desalojadas ou desabrigadas.
Foram afetadas principalmente as cidades de Guaratuba, Morretes, Paranaguá e Antonina. O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, disse que as equipes atuam de forma integrada desde a madrugada, inclusive com sobrevoos na região.
“A região mais afetada é o bairro de Cubatão, em Guaratuba, onde há algumas pessoas ilhadas. Estamos estudando a necessidade de montar um posto de comando próximo, já que o local é de difícil acesso, apenas com o uso de barcos”, disse.
Ele explicou que novos sobrevoos serão feitos nas próximas horas, destacando que a situação está sob controle e com barcos à disposição. “Agora estamos organizando um plano de ação mais detalhado para essa crise para garantir um suporte rápido”, afirmou.
Em Antonina, foram mais prejudicadas as regiões do Cedro e Ponta da Pita. São cerca de 55 casas atingidas, sem desalojados ou desabrigados. Em Morretes, alguns bairros foram afetados da região da Marta, além das regiões de Floresta, Rio Sagrado, Sambaqui, Passa Sete, Estrada da Pitinga, Mundo Novo e Nova Floresta.
Há 90 pessoas entre desalojadas ou desabrigadas. Três regiões da cidade receberam pela primeira vez um alerta de Cell Broadcast, na madrugada de sábado, sobre a situação das chuvas. A Colônia Pereira e Alexandra foram as áreas mais atingidas em Paranaguá. Não há desalojados ou desabrigados.
Segundo a Defesa Civil, a água baixou e agora será feito o levantamento de quantas casas foram prejudicadas. A situação mais grave foi na área rural de Cubatão, em Guaratuba com a alagamento de várias casas, inclusive da subprefeitura.
Equipamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, o Cemaden, anotou mais de 140 mm de chuva em Paranaguá. A estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Morretes mediu 122 mm de precipitação.
O Paraná segue sob risco de temporais isolados com chuva intensa devido ao calor, mas a MetSul Meteorologia pontua que são ocorrências muito localizadas e passageiras, que em alguns pontos podem vir com fortes a intensas rajadas de vento.
Temporais isolados, como o que se registrou na tarde deste sábado no município de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, onde nuvem carregada isolada causou vendaval com quedas de árvores e outros transtornos para a comunidade local.
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