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Nos próximos 10 dias a chuva excessiva volta a castigar parte do Sudeste do Brasil devido à configuração do terceiro episódio de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) de 2022. Por outro lado, parte do Sul terá uma semana de sol antes da chuva retornar em meados deste mês.

Sul

A massa de ar seco que ingressou no Rio Grande do sul, ontem, irá predominar em quase toda região pelo menos até a sexta-feira. Neste período o tempo fica firme com a presença do sol e os índices de umidade relativa do ar despencam com previsão de marcas abaixo de 30%, sobretudo, na metade Oeste de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essas áreas podem apresentar índices inferiores a 20% em alguns pontos. No Paraná, a umidade cai também no Oeste.

A temperatura terá ampla variação ao longo da semana, com manhãs frias e marcas abaixo de 10°C. Ao passo que, as tardes terão elevação gradual e marcas perto de 40°C na segunda metade da semana. No sábado, uma nova frente fria chega à região e poderá chover, sobretudo entre o Norte do Rio Grande do Sul e o Paraná com volumes irregulares.

Sudeste

Uma frente fria avança lentamente pelo Sudeste ao longo dos próximos dias e junto a um corredor de umidade que vem da Amazônia, configurando um novo episódio de ZCAS, irá garantir uma semana de tempo instável com vários pulsos de chuva forte. Há risco de temporais com raios, vendavais e não se pode descartar granizo isolado.

A preocupação é com a quantidade de chuva que modelos são unânimes ao indicar grandes volumes. Em principio, maiores acumulados deverão se concentrar na metade Norte de São Paulo, Centro Leste de Minas Gerais e serra fluminense com projeção ao redor de 200 a 300 mm em alguns municípios. O volume alto, em um contexto de verão chuvoso, sugere maior vulnerabilidade e amplia o risco de novos desastres na região.

São Paulo em alerta para retorno da chuva e risco de desastres

Agência Brasil

Centro-Oeste

O corredor de umidade que “viaja” da Amazônia até o Sudeste do país, passando pelo Centro-Oeste, deixa nesta parte do caminho a sua contribuição para formar nuvens e chuva. Modelos projetam que a instabilidade deverá atuar com mais força entre Mato Grosso e Goiás com previsão de volumes de chuva um pouco irregulares oscilando entre 150 e 200 mm, com até 250 mm em pontos isolados.

Portanto, a chuva será intensa em alguns momentos com potencial para tempestades isoladas. Em Mato Grosso do Sul a boa notícia é que volta a chover nesta semana com expectativa de volumes superiores a 100/150 mm em partes do Norte e Leste do Estado. Na metade Oeste os acumulados tendem a ficar abaixo de 50 mm.

Nordeste

Nos próximos 10 dias, o tempo deve colaborar com os veranistas e com o setor agrícola no interior da região. A expectativa é de muitos dias de sol e calor nas praias nordestinas com chance de eventuais pancadas de chuva de fim de tarde e previsão de baixos acumulados que não somam nem 30 mm.

Apesar disso, no Matopiba (incluindo parte do Norte), a instabilidade ocorre com mais intensidade, sobretudo, na segunda metade desta semana e projeta acumulados significativos que poderão somar, ao fim do período, volumes superiores a 100 mm entre o Oeste da Bahia, Metade Sul do Piauí e Maranhão e partes do Tocantins.

Norte

O ar quente e úmido de origem tropical garante uma semana de intenso abafamento com amplas aberturas de sol que geram aquecimento e pancadas de chuva. Inicialmente a chuva mais forte ocorre no Oeste da região neste começo de semana e depois irá migrando para setores Leste e Sul nos próximos dias.

Na soma do período os acumulados de precipitação poderão ser mais altos em partes do Amazonas, Pará e Acre com mais de 200 mm. Em Roraima chove menos com projeção de volumes abaixo de 50 mm em grande parte do território.