Área de baixa pressão (ciclone) no Atlântico entre o Sul e o Sudeste do Brasil | Cptec/Inpe

O ciclone no Atlântico traz umidade e chuva para áreas costeiras do Sudeste do Brasil. 

Com efeito, os dias são marcados por céu parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva na parte costeira da região.

O deslocamento do sistema organiza ainda uma região de convergência de umidade entre o Espírito Santo e o Norte de Minas Gerais. A consequência é tempo instável com chuva e tempestades, principalmente à tarde nestes estados. 

Chuva orográfica no Sudeste 

A umidade alcança o Sul e o Leste de São Paulo assim como o Rio de Janeiro. O vento de Sul faz com que ar úmido ao chegar no continente e encontrar o relevo traga instabilidade.

Então, o relevo atua como forçante para que o ar mais frio e úmido vindo do mar se eleve na atmosfera. O resultado é uma grande quantidade de nuvens e chuva. O nome deste processo é chuva orográfica.

Chuva volumosa 

Os dados dos pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) registraram chuva em grande parte do litoral do Sudeste.

A chuva em algumas localidades somou mais de 60 mm em 48 horas, como é o caso de São Sebastião.

As temperaturas, por outro lado, têm sido agradáveis, principalmente nas manhãs e noites, com mínimas próximas aos 14ºC.

Previsão 

A tendência é que a condição de aporte de umidade na costa persista. Assim, a previsão é de pancadas de chuva alternando com momentos de sol e temperaturas amenas.

O mapa mostra a projeção de chuva do modelo icon até o domingo de Páscoa no Sudeste do Brasil. O modelo está disponível ao assinante na seção de mapas. O indicativo é claro de chuva costeira e mais água em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Enfim, a umidade não alcança regiões mais no interior do continente, como, por exemplo, o Centro e Oeste de São Paulo e o Oeste de Minas Gerais. Logo, estas áreas estão sob efeito de uma massa de ar mais seco em que predominam dias com sol e calor.