Chuvas fortes seguem castigando a já inundada Califórnia, que deve enfrentar novas cheias ao mesmo tempo que uma série de tempestades deixava 12 mortos no Oeste dos Estados Unidos. Alertas foram emitidos para várias regiões do chamado Golden State, que sofre com as precipitações incessantes das últimas semanas.
“São esperados dois grandes eventos de chuvas torrenciais e que fortes nevascas das montanhas afetem a Califórnia em rápida sucessão nos próximos dois dias, em conexão com dois dos ciclones mais enérgicos e carregados de umidade que se dirigem diretamente para a Califórnia”, indicou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).
O governador Gavin Newsom informou que 12 pessoas morreram devido ao tempo extremo nos últimos dez dias. Na semana passada, ele decretou estado de emergência. “Acreditamos que o pior está por vir”, disse Newsom, que pediu ontem um decreto presidencial de emergência para o seu estado.
Joe Biden o aprovou na segunda-feira, quando cerca de 120 mil pessoas permaneciam sem eletricidade. “O efeito cumulativo das sucessivas chuvas torrenciais levará a novas inundações”, alertou o serviço meteorológico.
Algumas zonas de Montecito, comunidade de alta renda localizada a 90 minutos de Los Angeles e lar do príncipe Harry e de sua mulher, Megan Markle, estavam sob ordens de evacuação. Embora não seja incomum ver fortes chuvas na Califórnia durante o inverno, as precipitações atuais colocam o estado à prova.
Elas surgem após a seca intensa que atingiu o Oeste dos Estados Unidos por mais de duas décadas, o que também levou a um grande aumento dos incêndios florestais, em número e intensidade. Segundo cientistas, as mudanças climáticas causadas pelo homem, em parte devido ao uso indiscriminado de combustíveis fósseis, influenciaram essas mudanças drásticas no clima, com chuvas e secas mais intensas.