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Comunidade pequena de Muçum é que a que registra o maior número de vítimas no desastre do Vale do Taquari. Moradores vivem a tristeza da catástrofe e buscam forças para a reconstrução. | SILVIO AVILA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O balanço atualizado deste sábado da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indicou um aumento no número de mortos pela chuva do começo desta semana no estado. A contabilidade oficial somou mais uma vítima fatal, no município de Muçum, o que soma o maior número de mortos.

Agora são 42 mortos. As vítimas fatais são de Cruzeiro do Sul (4), Encantado (1), Estrela (2), Ibiraiaras (2), Imigrante (1), Lajeado (3), Mato Castelhano (1), Muçum (16), Passo Fundo (1), Roca Sales (10) e Santa Tereza (1). Há 25 desaparecidos, sendo 8 em Arroio do Meio, 8 em Lajeado e 9 em Muçum.  O número de desaparecidos permanece em 46.

O balanço da Defesa Civil apontou ainda 3.130 pessoas resgatadas, 88 municípios afetados, 3.193 desabrigados, 8.282 desalojados e 150.341 afetados. A contabilidade oficial aponta ainda 224 feridos em razão do desastre natural.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) contabiliza mais de R$ 1,3 bilhão em prejuízos econômicos e financeiros aos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes dessa semana.

A chuva extrema que atingiu o estado inicialmente foi consequência de ar quente e úmido sobre o Rio Grande do Sul. Ganhou muita força com uma área de baixa pressão que estava sobre o estado e na sequência pelo deslocamento de uma frente fria. Nenhum ciclone estava sobre o Rio Grande do Sul no momento em que ocorreram as precipitações extremas, ao contrário do noticiário prevalente na mídia.

Os volumes de chuva que levaram ao desastre no Vale do Taquari ficaram entre 200 mm e 300 mm nas cabeceiras e ao longo da bacia do Sistema Taquari-Antas com as precipitações mais extremas entre a noite do dia 3 de setembro e a madrugada do dia 4, o que causou uma vazão extraordinária e fora do comum que desencadeou a enchente catastrófica e muito rápida nas cidades dos vales.