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Foto aérea de uma área da floresta amazônica desmatada atingida por queimada ilegal no município de Lábrea, estado do Amazonas, no último dia 20 de agosto | EVARISTO SÁ/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O começo de setembro mantém a realidade do que se observou no final do mês de agosto com registro de muito fogo na região amazônica brasileira e com um elevado número de focos de queimadas, o que cobre uma extensa área dom Norte do Brasil com fumaça.

De acordo com dados de monitoramento por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, somente o primeiro dia de setembro registrou no bioma amazônico um total de 2.478 focos de calor.

Tal como ocorreu no fim de agosto, o estado da Amazônia Legal com maior ocorrência de focos de queimadas neste início de setembro é o Pará. Apenas no primeiro dia do mês, o estado teve registrados por satélites 1.313 focos de calor.

Com uma massa de ar seco e extremamente quente cobrindo a Amazônia nos próximos dias e semanas, com temperaturas máximas perto e acima de 40ºC por muitos dias, a tendência que se desenha é de mais um mês com muito fogo no bioma e queimadas acima dos padrões históricos.

Setembro, aliás, é o mês em que historicamente há mais queimadas na Amazônia com média histórica, pelos dados do Inpe, de 32245 focos de calor. O pior setembro desde que se iniciaram os registros em 1998 foi o de 2007 com 73.141 focos de calor.

Agosto terminou na Amazônia, de acordo com os dados do Inpe, com 38.266 focos de calor, número muito acima da média histórica mensal de 26.218 focos de calor. Foi o pior agosto de fogo no bioma desde o ano de 2010, quando se registraram 45.018 focos de calor no mês.

Todos os meses até agora em 2024 registraram focos de calor acima das médias mensais na Amazônia. Há uma forte contribuição do estado do Amazonas para estes números, especialmente o Sul do estado que é a área conhecida como “arco do desmatamento”.

O estado do Amazonas registrou em agosto 10.328 focos de calor, o pior agosto de fogo desde o começo dos registros em 1998 com número muito acima da média histórica de 3.606. Em junho, o Amazonas terminou o mês 4.241 focos de calor, número muitíssimo superior à média mensal histórica de 757 focos de calor.

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