As madrugadas do fim de semana tiveram frio em parte do Rio Grande do Sul. Sábado foi o dia com as menores marcas no Sul e na Campanha. Fez 10,4ºC em Livramento. Ontem, o frio mais forte se deu na Serra com 11,6ºC em Cambará do Sul. No Litoral Norte, o sol predominou na maioria das praias e houve ressaca no mar. Consequência de vento mais forte registrado sobre o Atlântico Sul e associado ao avanço da massa de ar frio pela região (foto abaixo de Tarsila Pereira/Correio do Povo).


Como se previa, o período de temperatura amena durou bem pouco e já no domingo à tarde o forte calor retorno ao Rio Grande do Sul com máximas alta no Oeste e no Noroeste do Estado a ponto de ter feito 36,6ºC em Santa Rosa. Foi um belo fim de semana no Rio Grande do Sul com muito sol e ar bem seco. Em Santa Catarina, o sol também apareceu no domingo.



Fim de tarde do belo domingo que teve máxima de 33ºC foi de céu azul na cidade de Porto Alegre – Marcelo Richter



Em Florianópolis, Santa Catarina, o fim de tarde foi muito bonito pelo colorido alaranjado das nuvens – Paulo Hames

A semana que agora começa será marcada justamente pelo calor. Massa de ar quente cobre o Rio Grande do Sul hoje e nos próximos dias. A temperatura ficará bem mais alta à noite e as tardes vão ser quentes. O calor hoje é ainda predominantemente seco na maioria das regiões, mas a partir de amanhã se tornará úmido. Com isso, serão duas conseqüências. Primeiro, volta a sensação de abafamento. Segundo, a maior umidade associada ao calor trará pancadas localizadas de chuva, que em alguns pontos podem ser fortes e com risco de temporais. Chuva mais generalizada é esperada quarta por influência de sistema frontal que passará pela costa e não afastará o ar quente da parte central da América do Sul.


A chuva desta semana será benéfica, já que a da semana passada não foi “democrática”. A instabilidade do começo de ano trouxe os maiores volumes de chuva para a Metade Norte do Estado, como era esperado. No Sul, choveu bem menos, como se antecipava. Na faixa central do Rio Grande do Sul é que os volumes ficaram aquém da expectativa, como na região de Porto Alegre, onde em alguns pontos choveu mais de 30 mm, muito menos que alguns modelos computadorizados indicavam. No Noroeste gaúcho, a chuva foi extrema (foto acima de Felipe Dorneles/Correio do Povo em Santa Rosa). Em várias cidades das Missões, Noroeste e Médio Uruguai a precipitação nos primeiros três dias do ano somou mais de 200 mm com acumulados até de 250 mm a 300 mm em alguns municípios, segundo medições locais. É nada menos que o dobro da média histórica do mês de janeiro todo em tão-somente 72 horas. Houve temporais localizados ainda nos estados de Santa Catarina e do Paraná.



Temporal chegando na cidade de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, na quinta-feira de instabilidade – Vinicius Gomes


Tempestade avançando sobre a cidade de Candelária, no Vale do Rio Pardo na quinta-feira – Misael Bandeira Silveira


Nuvem de temporal avança sobre a cidade de Criciúma, Sul catarinense, natarde de quinta-feira – Nei Manique/Engeplus


Tarde abafada de sexta-feira teve temporal com nuvem carregada na cidade de Cascavel, no Paraná – Celso Dias

A instabilidade não deve se limitar a esta semana. Modelos numéricos indicam que o período entre 10 e 20 de janeiro deve ser marcado por muitos dias com ocorrência de chuva no Rio Grande do Sul e com alguns episódios de precipitação potencialmente significativos em elevados volumes. Além disso, por conta da interação de ar quente e úmido com umidade, espera-se uma alta freqüência de temporais de verão no período. Com isso, é certo que boa parte do Rio Grande do Sul terminará este janeiro com chuva acima a muito acima da média histórica, assim como a MetSul Meteorologia vem prevendo.