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Imagens de satélite deste domingo mostram a gravidade das cheias dos rios no Rio Grande do Sul. São vários rios em estado de cheia neste momento do Centro para o Norte e o Nordeste do estado. As enchentes são de grandes proporções em algumas cidades, uma vez que rios como Caí e Taquari estão com cotas que se situam entre as maiores da história.

Imagem da tarde deste domingo do satélite Aqua | NASA

A diminuição da nebulosidade com tempo muito aberto na tarde deste domingo foi o que proporcionou os registros por satélite das cheias dos vários rios no Rio Grande do Sul. Os mananciais com níveis altos se concentram principalmente na Depressão Central.

Na imagem de satélite acima, do satélite Aqua, é possível observar como o Jacuí está muito cheio entre Dona Francisca, no Centro do estado, e a região de Porto Alegre. Se destacam ainda na imagem, da esquerda para a direita, os rios Pardo, Taquari, Caí e Sinos. Chama atenção ainda os muitos banhados alagados entre Viamão e Osório e o Rio Gravataí mais cheio perto de Porto Alegre.

O Rio Taquari atingiu hoje cedo no Porto de Estrela 28,94 metros. Trata-se da quarta maior cota em 150 anos de observações e a terceira maior nos últimos cem anos. Somente é superada no último século pelos 29,98 metros de 1941 e os 29,62 metros da enchente de setembro deste ano no vale. Duas das três maiores cheias em um século do Taquari, assim, ocorreram com intervalo de apenas três meses (setembro e novembro de 2023).

Já o Rio Caí alcançou neste domingo 9,01 metros em Montenegro, segunda maior cota desde 1940, conforme dados do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). Cota só é superada pela marca de 9,20 metros da enchente de 1941. Em São Sebastião do Caí, o rio atingiu a marca de 16 metros, a maior desde que a prefeitura local tem registros. Duas das três maiores enchentes no Vale do Caí desde 1940, portanto, se deram neste ano (junho e novembro).

Os rios Jacuí, Sinos e Gravataí também enfrentam cheias. As maiores cotas no Jacuí se dão entre Cachoeira do Sul e Porto Alegre, onde seguirá subindo. O Gravataí deverá se elevar mais em Gravataí e Cachoeirinha. No Vale do Sinos, a tendência é o Sinos subir nesta primeira metade da semana na maior cheia do ano e uma das mais graves da história recente, já que a cheia do Paranhana que desemboca no Sinos foi de grande proporção.

Com isso, o Guaíba deve ter cheia de grandes proporções nesta semana, uma vez que todos os rios contribuintes estão sob cheia e alguns com marcas históricas, como o Caí e o Taquari. Não se descarta que o Guaíba alcance a cota de extravasamento no Centro de 3,00 metros, só alcançada desde 1941 em setembro de 1967 (3,13 metros) e setembro deste ano (3,18 metros). Se não atingir os 3,00 metros, a tendência é que fique perto.

Imagem da tarde deste domingo do satélite NOAA-20 | NASA

Por fim, o Rio Uruguai subirá muito nesta semana ao longo da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. São Borja, Itaqui e Uruguaiana devem ter grande enchente. A água deverá atingir pontos que escaparam da última cheia, uma vez que o pico da atual no Noroeste gaúcho foi 2 metros acima da última. Será uma das maiores enchentes do Rio Uruguai no Oeste do Rio Grande do Sul nas últimas décadas.

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