Imagens de satélite geradas nesta quinta-feira pela divisão de aerossóis da agência de clima do governo dos Estados Unidos, a NOAA, mostraram uma expansão da área sob densa fumaça (em marrom) no Norte do Brasil e na Bolívia. Praticamente toda a região amazônica está coberta de fumaça neste momento.
A imagem de profundidade óptica de aerossóis do satélite GOES-16 da NOAA indicava nesta quinta quase todo o estado do Amazonas, o Acre e Rondônia cobertos pela densa fumaça de queimadas. O mesmo ocorria em todas as áreas da Bolívia a Leste dos Andes.
Na imagem era possível ainda ver o corredor de fumaça que se formou rumo ao Sul, acompanhando uma corrente de jato (vento) com ar seco e quente, que avança para o Paraguai, o Nordeste da Argentina e que recurva entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde havia nuvens.
Dados dos boletins meteorológicos de aeroportos das 15h desta quinta-feira mostravam visibilidade horizontal reduzida a 5 mil metros por fumaça em Manaus, 4 mil metros em Rio Branco e 400 metros em Porto Velho.
A Amazônia brasileira registrou 2433 focos de calor por queimadas somente no dia 28, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Nos 28 dias de agosto com dados, o total do bioma chega a 31130 focos de calor, número acima da média histórica mensal de 26218 focos.
Ainda de acordo com dados do Inpe, a Bolívia registrou agora em agosto entre os dia 1º e 28 um total de 20163 focos de calor, número bastante acima da média histórica mensal de 8360. No mês passado, o país teve 11219 focos de calor, valor incrivelmente alto se considerada a média histórica de 2817 de julho.
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