A massa de ar seco e quente sobre o Brasil Central vai se intensificar muito nesta semana com tardes de umidade relativa do ar extremamente baixa e máximas excepcionalmente altas, que se somam a mais de quatro meses sem registro de chuva de forma a criar uma condição de risco extremo de fogo de na região.

SISTEMA COPERNICUS

O mapa acima mostra o risco de fogo previsto neste meio da semana para o Centro e o Norte do Brasil, de acordo com as projeções do modelo europeu. Na grande área em preto, que inclui os estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais e parte do interior do Nordeste, o risco é extremo de fogo.

O número de queimadas até agora neste mês no Cerrado não foge muito dos padrões histórico, mas deve se elevar muito nos próximos dias com a umidade muito baixa e o calor extremo que se prevê para o Brasil Central com máximas em alguns pontos acima dos 40ºC. Entre os dias 1º e 12 de setembro, o Cerrado teve 6.925 focos de calor.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que faz o monitoramento de fogo no Brasil, o maior número diário de focos de calor por queimadas foi no dia 6 com 1.118. A média histórica mensal de focos de calor em setembro 1998-2021 no Cerrado é de 22.735, o mês do ano com mais fogo no bioma.

Em Goiás, o número de focos de calor entre os dias 1º e 12 foi de 618, número que sequer chega à metade da média mensal do estado de 2.351. No Distrito Federal, no mesmo período, 61 focos de calor ou quase a média do mês inteiro de 63. Em Minas Gerais, 1.271 focos de calor, marca distante ainda da média mensal histórica de 3.399 focos.