A fumaça das queimadas tomou conta da Metade Norte e do Oeste do Rio Grande do Sul nesta quinta (1) com intensidade como ainda não havia sido vista neste ano. Em muitos locais, a fumaça foi bastante densa na atmosfera. O aeroporto de Santo Ângelo chegou a reportar apenas 6 mil metros de visibilidade, quando o normal com o tempo aberto que prevalecia deveria ser superior a 20 quilômetros.
Grande quantidade de material particulado foi trazido para o Estado por uma intensa corrente de jato originada na Bolívia e que foi responsável também pelo intenso aquecimento com mais de 40ºC no Noroeste gaúcho hoje.
Um corredor de fumaça avança da região da Amazônia até o Sul do Brasil e no caminho é reforçado por muita fumaça do enorme número de queimadas que está se registrando no Centro-Oeste, na Bolívia, no Norte da Argentina e no Paraguai.
A imagem do sensor óptico de aerossóis por satélite confirmou que a densidade da fumaça sobre o Rio Grande do Sul era muito grande hoje, representada pelas cores vermelha e marrom.
A fumaça foi perceptível pelo aspecto fosco do céu que parece nublado ou encoberto e ainda pelos tons muito avermelhados do sol tanto ao amanhecer como no fim de tarde. Veja as fotos feitas por seguidoes da MetSul nas redes sociais.
Somente nos primeiros nove meses deste ano, as queimadas no Pantanal já superaram em 82% toda a queima observada no ano passado inteiro e com um novo recorde anual histórico. Apenas no dia de ontem, o bioma teve mais de 600 focos de calor. O número de queimadas explodiu nesta semana no Norte da Argentina, no Paraguai e no Centro-Oeste com a onda de calor excepcional e recorde que traz máximas acima de 44ºC e umidade relativa do ar abaixo de 10% em alguns pontos.