Um redemoinho de fogo foi observado na região do Pantanal mato-grossense em meio ao tempo muito seco e quente que atinge a região. Em Paraguai-Mirim, ao Norte de Corumbá, a formação de um redemoinho de fogo ontem assustou as equipes do Corpo de Bombeiros Militar que combatiam uma linha de fogo. De acordo com o Diário Corumbaense, os brigadistas tiveram até que se afastar devido a velocidade do redemoinho de fogo.

Apesar de parecer algo fora do normal, o fenômeno não chega a ser incomum no Centro-Oeste do Brasil no final da temporada seca, entre os meses de setembro e outubro, quando a vegetação está muito seca e os dias são quentes e de baixíssima umidade relativa do ar. Houve muitos episódios semelhantes nos últimos anos em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, dentre outros.

A temperatura no sábado em Corumbá chegou a 38,9ºC com umidade relativa do ar de apenas 20%. Hoje, a máxima subiu ainda mais na estação do Instituto Nacional de Meteorologia com 39,3ºC e umidade relativa do ar mínima de 21% durante a tarde. Na última segunda-feira (20), a temperatura em Corumbá chegou a 33,9ºC.

O que é um redemoinho de fogo?

Um redemoinho de fogo consiste em um núcleo em chamas e um vórtice giratório de ar. Um redemoinho deste tipo pode atingir até 1.090°C) de temperatura. O fenômeno torna-se frequentes quando um incêndio florestal ou queimada, ou especialmente uma tempestade de fogo em maciços incêndios em vegetação com nuvem Pirocumulus, cria seu próprio vento, que pode gerar grandes vórtices. Mesmo as fogueiras geralmente têm redemoinhos em uma escala menor e redemoinhos de fogo minúsculos foram gerados por incêndios muito pequenos em laboratórios.

A maioria dos grandes redemoinhos de fogo é gerada por incêndios florestais. Eles se formam quando uma corrente de ar quente e a convergência do incêndio estão presentes. Em regra, têm de 10 a 50 metros de altura, alguns metros de largura e duram apenas alguns minutos. Alguns, no entanto, em casos mais raros e apenas em enormes incêndios, podem ter mais de um quilômetro de altura, conter velocidades de vento acima de 200 km/h e persistir por mais de 20 minutos.

Nestes casos mais extremos e incomuns no Brasil, comumente são chamados de firenados ou tornados de fogo, muitas vezes já observados durante grandes incêndios florestais no Oeste dos Estados Unidos e que são capazes de gerar o seu próprio tempo meteorológico.