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Bombeiros militares especializados (UEPS) durante os trabalhos para evitar uma nova ignição de incêndio florestal em Lourizela, Águeda, em Aveiro, Portugal. Milhares de bombeiros portugueses combatem incêndios generalizados que mataram sete pessoas e devastaram mais terra em três dias do que foi queimado no resto do verão. O número de mortos aumentou para sete depois que três bombeiros portugueses quando seu veículo ficou preso pelas chamas. | PATRÍCIA DE MELO MOREIRA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A grave onda de incêndios florestais que atinge Portugal nesta semana perdeu intensidade na manhã desta quinta-feira graças à queda das temperaturas, informaram as autoridades, mas os bombeiros ainda tentavam apagar uma dezena de incêndios significativos.

Os dois maiores focos localizaram-se perto de Arouca, na região de Aveiro (Norte), e na área de Castro D’aire, no distrito de Viseu (Norte), de acordo com os informes oficiais da Proteção Civil de Portugal. Os piores incêndios nesta semana afetaram área do Centro para o Norte português, inclusive perto do Porto.

Alimentados pelo calor e pelos ventos violentos desde o passado fim de semana, dezenas de incêndios florestais deixaram um total de cinco mortos e 77 feridos, incluindo 12 graves, segundo o último balanço divulgado quarta-feira à noite pela proteção civil.

Durante a noite de quarta para quinta-feira, os bombeiros conseguiram conter os incêndios que eclodiram na região de Aveiro nas áreas de Águeda, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga, num perímetro de cem quilômetros.

Segundo uma estimativa divulgada quarta-feira pelo Observatório Europeu Copernicus, pelo menos 15 mil hectares de vegetação foram destruídos nesta zona do país. Os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis) indicam que a área total afetada pelos incêndios dos últimos dias poderá ultrapassar os 100 mil hectares, ou dez vezes mais do que a área queimada desde o início do verão.

As tragédias vividas nos últimos dias em Portugal reavivaram a memória dos incêndios mortais de 2017, que provocaram 119 mortos. Desde então, o país ibérico aumentou dez vezes o investimento na prevenção e duplicou o seu orçamento para o combate aos incêndios florestais, conseguindo reduzir a área ardida em dois terços, em média, todos os anos.

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