As enchentes no Rio Grande do Sul deixam dezenas de milhares de gaúchos fora de casa e o saldo de vítimas pela chuva do final da semana passada aumenta. Vários rios do estado apresentaram cheias e alguns seguem com seus níveis muito acima do normal nesta metade da semana.
De acordo com o último balanço oficial do governo do estado, cinco pessoas morreram e mais de 28 mil tiveram que deixar suas casas em razão dos eventos meteorológicos que ocorreram no Rio Grande do Sul na última semana.
Os dados mais recentes da Defesa Civil estadual apontam que há 24.976 pessoas desalojadas (que estão na residência de amigos ou familiares) e 3.351 em abrigos públicos no Rio Grande do Sul.
O número de desalojados subiu significativamente durante a terça-feira. Até às 19h de segunda-feira (20, foram registrados 13.264 desalojados. O aumento expressivo se deveu, principalmente, a uma atualização feita pelo município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, que reportou 7 mil pessoas fora de casa.
Foi confirmada a quinta morte pela chuva, que ocorreu no município de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde uma idosa foi encontrada morta em sua residência, que foi alagada. A mulher foi achada por familiares, que acionaram o socorro, mas não resistiu.
As outras quatro mortes ocorreram em Gramado, Vila Flores e Giruá. Em Gramado, duas mulheres morreram soterradas após o desmoronamento de sua residência. Em Vila Flores, um homem foi arrastado, dentro de um veículo, pela correnteza. E em Giruá, uma mulher morreu vítima do desabamento da estrutura de um ginásio.
Os dados são comunicados pelos órgãos municipais e, depois, compilados pela Defesa Civil do Estado. Por essa razão, os números são dinâmicos e variam a todo instante. Associados às fortes chuvas, foram registrados vendavais, enxurradas, inundações, soterramentos e uma microexplosão (uma intensa corrente de vento com poder destrutivo).
O prefeito de Porto Alegre decidiu decretar situação de emergência pela maior enchente na capital gaúcha desde a grande cheia de 1941. A medida objetiva simplificar contratações necessárias para minimizar o impacto da cheia do Guaíba à população.
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