A proposta orçamentária da administração Trump para 2026, revelada por documentos internos obtidos pela rede de televisão norte-americana CNN em reportagem publicada hoje, prevê a eliminação do braço de pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), a agência de tempo e clima dos Estados Unidos e o principal serviço nacional de Meteorologia do mundo.
CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES/AFP/METSUL
A proposta indica ainda o fechamento de todos os laboratórios de clima e tempo, e cortes drásticos no orçamento da agência. Embora o plano seja voltado para 2026, o governo espera que as mudanças comecem a ser implementadas imediatamente, segundo a emissora.
Os cortes atingiriam em cheio a pesquisa climática e meteorológica em um momento em que o clima está se tornando mais extremo. Isso afetaria diretamente setores essenciais da economia norte-americana, como a agricultura, que depende de dados e análises precisos e gratuitos fornecidos da NOAA.
Pesquisas sobre fenômenos meteorológicos severos, como tempestades intensas e tornados, também seriam impactadas. O plano propõe uma redução de mais de 27% no orçamento total da NOAA, com destaque para a eliminação do Escritório de Pesquisa Oceânica e Atmosférica (OAR).
O corte nesse setor específico seria de cerca de 75%, e suas divisões remanescentes seriam redistribuídas para outros departamentos da NOAA.
Entre os laboratórios afetados estão o Laboratório Nacional de Tempestades Severas (NSSL), que estuda tornados e busca ampliar o tempo de alerta, e o Laboratório de Desenvolvimento Meteorológico, que melhora os produtos de previsão para o público.
Outros setores da NOAA também sofreriam com reduções severas, como o Serviço Nacional dos Oceanos e o Serviço Nacional de Pesca Marinha. Este último teria a maior parte de suas funções transferida para o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, vinculado ao Departamento do Interior. Já o Centro de Previsão de Clima Espacial, responsável por monitorar a atividade solar, passaria para o Departamento de Segurança Interna.
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