Nos próximos dez dias o destaque é o retorno da chuva para parte o Sul e partes do Sudeste. Ao mesmo tempo no Norte os maiores acumulados do Brasil seguem ocorrendo por consequência da atuação da Zona de Convergência Intertropical. Em algumas áreas do país os temporais irão acompanhar a instabilidade.
No Sul a passagem de frentes frias pelo oceano e sistemas de baixa pressão irão propiciar vários momentos de instabilidade. As pancadas de chuva ocorrem isoladas nas próximas horas desta terça. Em contrapartida amanhã o sol predomina no Rio Grande do Sul com chuva fraca e esparsa ente Santa Catarina e Paraná. Entre a quinta e a sexta volta a chover em toda a região e poderá chover forte com temporais isolados. Depois de uma nova trégua no fim de semana, a chuva retorna na virada do mês com potencial de acumulados expressivos. Essa chuva está longe de reverter a estiagem, contudo, irá representar importante alívio.
Simultaneamente no Sudeste o tempo entra numa fase mais úmida nos próximos dez dias com frequentes pancadas de chuva em toda a região. Em Minas Gerais e Espírito Santo chove praticamente todos os dias, porém ressalta-se que não se trata de período chuvoso e sim de recorrentes pancadas de chuva, sobretudo, no turno das tardes. O acumulado do período no estado mineiro oscilará entre 100 e 200 mm. Em são Paulo e Rio de Janeiro a chuva tende a ser mais pontual e isolada neste fim de março e retornando mais intensa e abrangente nos primeiras dias de abril.
Ao mesmo tempo no Centro Oeste os modelos projetam um período de bastante instabilidade com pancadas de chuva frequentes e diárias nos próximos dez dias. Os acumulados tendem a ser irregulares, mas de uma forma geral o total de chuva somando o período deverá oscilar ao redor de 100 e podendo alcançar 150 a 200 mm em pontos isolados. Temporais isolados poderão ocorrer no período e não se descarta transtornos.
Por outro lado, no Nordeste o destaque é a escassez de chuva, sobretudo, em grande parte da Bahia e interior de Pernambuco, Paraíba, Maceió e Sergipe. Nessas regiões a chuva será escassa e caso ocorra tende a ser muito isolado. No Oeste baiano na direção do Matopiba poderá chover de forma mais expressiva na casa dos 50 a 100 mm. Já entre Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão a ZCIT auxilia na formação da chuva com previsão de um período chuvoso e de grandes volumes que poderão passar de 200 mm.
O Norte segue sendo o campeão em termos de volume de precipitação do território Nacional. A chuva segue abundante com grandes acumulados em praticamente todos os estados da região. Chove mais no Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá com projeção de 150 a 200 mm em muitos municípios. De forma mais regionalizada o acumulado poderá somar mais de 250 mm.