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As condições de precipitação no Brasil durante os próximos dez dias são as típicas dos meses de verão com maior umidade sobre o território brasileiro e acumulados mais altos em estados do Norte, Centro-Oeste e do Sudeste. No Sul, onde chove menos que no inverno nesta época, a chuva é também volumosa.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para dez dias a partir da rodada da 0Z desta sexta-feira do modelo meteorológico europeu, disponível ao assinante (assine aqui) em nossa seção de mapas. Como se observa no mapa, os acumulados de chuva devem ser altos em diferentes pontos do Brasil.

A Região Norte ingressa no período mais chuvoso do ano, que se denomina de inverno amazônico, o período do calendário em que há uma maior concentração das chuvas que vai de dezembro até meados de maio, e que normalmente concentra 60% a 70% da precipitação do ano.

Assim, embora ainda abaixo da média histórica em muitas áreas pelos efeitos do fenômeno El Niño, observa-se um aumento da precipitação em vários pontos do Norte do Brasil, na região amazônica. É o que se enxerga na projeção para os próximos dez dias em grande parte da região, especialmente nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia, além de pontos do Pará e de Roraima.

Na Região Nordeste, por outro lado, o cenário segue desfavorável à chuva volumosa em quase todos os estados. Será a região do país em que menos deve chover ao longo dos próximos dez dias com precipitações escassas na maioria das áreas nordestinas. A chuva vai ocorrer na forma de pancadas isoladas e passageiras, não alcançando muitas cidades. Choverá mais no Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e no Sul do Piauí.

Já no Centro-Oeste do Brasil, a chuva será frequente com pancadas rotineiras, o que vai levar a volumes altos em alguns pontos. Uma vez que a precipitação ocorre por pancadas associadas ao ar tropical quente e úmido, os volumes variam demais de um ponto para outro.

Com maior umidade e a atmosfera aquecida, diariamente se formam nuvens carregadas que trazem pancadas de chuva nos estados da região Centro-Oeste. Estas pancadas se dão principalmente da tarde para a noite e, em alguns casos, podem ser intensas e com risco de temporais, como se viu em Campo Grande anteontem.

Grande parte do Sudeste terá condição parecida com o Centro-Oeste por estar sob a influência da mesma massa de ar tropical quente e úmida. Os próximos dez dias devem ter chuva frequente na região, como ocorre nos meses de verão, e com acumulados altos em alguns pontos. Espera-se grande variabilidade de volumes de ponto para outro.

Uma frente fria entre os dias 8 e 9 deve reforçar a instabilidade em parte do Sudeste do Brasil com expectativa de chuva volumosa e isoladamente excessiva em pontos dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Há risco de chuva intensa com transtornos, por exemplo, em áreas do Rio.

No Sul, a condição segue propícia à ocorrência de chuva com volumes mais altos do que a média desta época do ano em diversos pontos da região. Nos próximos dez dias, haverá pontos em que a chuva deve somar de 100 mm a 200 mm, ou seja, mais que a média do mês inteiro.

O tempo segue instável no restante desta semana em muitas áreas do Sul. Nesta quarta, uma área de baixa pressão reforça a instabilidade no Rio Grande do Sul com chuva forte em diferentes pontos. No começo da semana que vem, risco de chuva volumosa na Metade Oeste gaúcha.

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