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Os extremos Sul e Norte do Brasil devem ser as áreas do território nacional com os mais altos volumes de chuva nos próximos dez dias, projeta a MetSul Meteorologia. Os acumulados no período devem ser elevados em parte do Norte do país e no Rio Grande do Sul. Volumes até isoladamente extremos podem ocorrer isoladamente.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para dez dias do modelo meteorológico europeu, que está disponível para o nosso assinante na seção de mapas. Como se observa, os mais altos volumes são projetados para estados mais ao Norte, perto da linha do equador, assim como para o Rio Grande do Sul.

A maior atividade da chamada Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma área de forte instabilidade quase permanente próxima da linha do equador segue gerando acumulados de precipitação muito altos no Norte do Brasil e áreas mais ao Norte da Região Nordeste há meses. O acentuado aquecimento das águas do Atlântico Norte contribui para uma maior atividade da chamada ZCIT.


Um dos estados que mais deve ter chuva no Norte do país é o Amapá. Na última semana, a capital Macapá foi atingida por um forte temporal com chuva forte que causou alagamentos e queda de árvores. Os volumes nos próximos dez dias em partes do estado podem passar dos 300 mm.

Os acumulados de precipitação devem ser expressivos ainda até a metade do mês no Norte do Amazonas e do Pará assim como em Roraima. A chuva diminui no Maranhão, Piauí e Norte do Ceará, onde algumas áreas tiveram volumes excessivamente altos nas últimas semanas.

Na Região Nordeste, a maioria dos municípios terá pouca chuva nos próximos dez dias. Deve chover mais nos estados da Bahia e do Maranhão. No caso da Bahia, áreas da costa podem ter chuva volumosa. É o que deve trazer acumulados mais altos de precipitação para Salvador, em especial entre os dias 7 e 10 deste mês.

No Sudeste do Brasil, observa-se a tendência natural desta época do ano de diminuição da chuva após o auge da temporada chuvosa do verão. Um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) inibe a chuva em parte da região. Nos próximos dez dias, os maiores volumes tendem a ocorrer em municípios perto da costa e do Paraná em São Paulo, e no litoral do Rio de Janeiro. Na maior parte do Sudeste, porém, os volumes devem ser baixos.

No Centro-Oeste, a chuva será escassa na maior parte da região nos próximos dez dias. Onde mais deve chover será em setores mais a Oeste do Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, perto da Bolívia e do Paraguai, pela passagem de um canal de umidade da Amazônia direcionado para o Sul do Brasil.

No Sul do Brasil, o grande destaque dos próximos dez dias é um evento extremo de chuva no Rio Grande do Sul com acumulados até a próxima segunda-feira acima de 100 mm em muitas cidades e entre 200 mm e 300 mm em alguns pontos. Será o maior episódio de chuva em meses e pode gerar cheias de rios e elevação de níveis de arroios e córregos com alagamentos.

Em Santa Catarina e no Paraná, na maioria das cidades, não se espera chuva volumosa. Onde mais deve chover nos dois estados é em municípios situados mais a Oeste. No caso do Paraná, especialmente no Sudoeste paranaense, nas áreas de Pato Branco e Foz do Iguaçu. Nas regiões de Florianópolis e Curitiba, mais a Leste, os volumes de chuva não tendem a ser muito altos.

Como consultar os mapas

O mapa de chuva deste boletim e outros de precipitação podem ser consultados pelo nosso assinante (assine aqui) na nossa seção de mapas. A plataforma oferece ainda mapas de, geada, temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, neve, umidade no solo e risco de incêndio e raios, dentre outras variáveis, com atualizações duas a quatro vezes ao dia, de acordo com cada simulação. Na seção de mapas, é possível consultar ainda o nosso modelo WRF de altíssima resolução da MetSul.

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