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As projeções de chuva para os próximos dez dias seguem com o Rio Grande do Sul sendo o maior destaque em precipitação com volumes de chuva excessivos e muito acima do que é normal para esta época do ano enquanto na maior parte do Brasil a condição é perto do que poderia se esperar na metade de setembro.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para dez dias do modelo meteorológico europeu, disponível ao assinante (assine aqui) em nossa seção de mapas. Como se observa no mapa, os mais altos volumes são projetados principalmente em áreas mais ao Sul do Brasil, repetindo o padrão desde o final do mês de agosto.

A Região Norte deixou o período mais chuvoso do ano que se denomina de inverno amazônico, período do calendário em que há uma maior concentração das chuvas que vai de dezembro até meados de maio, e que normalmente concentra 60% a 70% da precipitação do ano. Parte da região começa, inclusive, a sofrer com uma seca por conta do fenômeno El Niño.

Com isso, os volumes de chuva diminuem na maior parte do Norte do Brasil, mas não deixa de chover. Os mais altos acumulados de precipitação na região nos próximos dez dias tendem a se concentrar em Roraima, no Amazonas, Acre e Rondônia, inclusive com volumes altos para esta época do ano em algumas áreas.

Na Região Nordeste, a chuva será escassa em área mais ao interior da região como no Agreste e tende a se concentrar em setores da costa e da zona da Mata, como é o comum nesta época. A chuva costeira deve ser maior no litoral do estado de Pernambuco, onde ocorrem pancadas por vezes fortes.

Já no Centro-Oeste do Brasil, a tendência é de chuva muito irregular e mal distribuída com pancadas isoladas em todos os estados da região, o que foge ainda um pouco do padrão comum do meio de setembro, ainda na estação seca. A chuva ocorre mais no Mato Grosso do Sul e no Noroeste do Mato Grosso.

As precipitações mais volumosas na região, em particular no Mato Grosso do Sul, devem se dar entre os dias 13 e 14 de setembro por uma frente fria com tendência de predomínio do tempo seco na sequência com dias de sol e calor, o normal desta época.

O Sudeste do Brasil também terá um cenário de chuva irregular nos próximos dez dias. Choverá em todos os estados da região, mas as precipitações tendem a ser mal distribuídas durante o período. Em algumas áreas, como do Norte de Minas, sequer deve chover nos próximos dez dias. A instabilidade no Sudeste será maior entre os dias 14 e 15, quando uma frente fria vai se deslocar a partir do Sul do Brasil.

Na Região Sul, a tendência é que se concentrem os mais altos acumulados de precipitação do Brasil nos próximos dez dias. O terceiro evento de chuva volumosa deste mês este em curso no Rio Grande do Sul e vai persistir até quinta-feira (14) com os máximos de precipitação esperados para esta quarta (13). Na quinta, um ciclone na costa traz ainda chuva no Sul do país.

Na semana que vem, um quarto evento de chuva volumosa tende a atingir o Rio Grande do Sul e, de acordo com as projeções do modelo europeu, a região que seria mais afetada outra vez seria a Metade Sul gaúcha com acumulados novamente excessivos.

Por isso, a tendência é que nos próximos dez dias o Rio Grande do Sul concentre os mais altos volumes de chuva do país com acumulados que excedem a média de todo o mês em algumas áreas. Várias cidades do Oeste e do Sul gaúcho devem ter neste intervalo entre 150 mm e 300 mm com novas enchentes, cheias de rios e transtornos.