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A região amazônica, setores mais ao Norte da Região Nordeste, o Mato Grosso do Sul, o estado de São Paulo e partes de Minas Gerais são as áreas do Brasil que mais devem ter chuva durante os próximos dez dias, de acordo com avaliação da MetSul Meteorologia. Onde há mais urgente necessidade de chuva, o Rio Grande do Sul, vem água na semana que vem.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para dez dias do modelo meteorológico europeu em todo o Brasil. Observa-se a tendência de chover nas cinco regiões do país com os mais elevados volumes onde já vem chovendo bastante e precipitações irregularidades onde chover é mais urgente.

No Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) irá definir a área de maior volume de chuva com previsão de os maiores acumulados se situarem mais ao Norte da região, como no Maranhão, Piauí e Ceará. Por outro lado, partes da Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco devem ter pouca chuva.

No Centro-Oeste, por sua vez, a perspectiva é de pancadas de chuva diariamente com previsão de acumulados irregulares com os maiores volumes acompanhando temporais passageiros e localizados. O Mato Grosso do Sul deve ser o estado com os mais altos acumulados de chuva no período.

Com exceção da região amazônica, a área do país que mais terá precipitação entre este dia 10 e 20 de fevereiro é a Região Sudeste. Mais uma vez, São Paulo será o estado que receberá mais chuva. A chuva será volumosa ainda em locais mais ao Sul do Rio de Janeiro, na Costa Verde.

As três capitais do Sudeste – São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – devem ter alguns dias com temporais de verão com elevados volumes de chuva localizados no decorrer dos próximos dez dias com potencial de transtornos para a população.

No Norte de Minas Gerais deve chover muito pouco e em algumas áreas pode sequer chover, mas no outro extremo do estado, no Sul, a realidade será bastante distinta. Os próximos dez dias devem ter volumes muito altos de chuva no Sul mineiro.

A região deve ter episódios de chuva forte a torrencial com alta incidência de raios, vendavais isolados e até granizo. O interior de São Paulo será outra parte do Sudeste do país com elevada probabilidade de temporais que podem despejar grandes volumes de chuva em curto período com inundações e alagamentos repentinos.

Serão muitos dias seguidos de chuva e com alto risco de transtornos nestas áreas do Sudeste com maior propensão à chuva volumosa, embora ocorram momentos de melhoria em que o sol aparece com nuvens.

O mapa abaixo mostra como estas localidades do Sudeste devem ter muita chuva. Traz a projeção para sete dias de precipitação do modelo meteorológico alemão Icon em que se constata que o Sul de Minas assim como parte do interior paulista devem ter muita água até o dia 20.

O excesso de chuva no Sul de Minas Gerais preocupa porque o estado vem sofrendo muito com as intensas precipitações em parte do seu território. A última atualização da Defesa Civil de Minas Gerais apontou 260 cidades no estado em situação de emergência pela chuva.

O número representa mais da metade das que estavam na mesma condição no período de chuvas no ano passado, quando 450 municípios entraram em emergência. Há 2.106 mineiros desabrigados e 11.654 desalojados, ou seja, 13.760 pessoas fora de casa pela em razão da chuva.

No Sul do Brasil, uma preocupação muito distinta: a escassez de chuva que é consequência da La Niña que traz clima seco no estado gaúcho. São mais de 270 cidades em situação de emergência no Rio Grande do Sul em consequência da estiagem forte a severa.

Modelos indicavam no começo da semana que poderia chover muito no Rio Grande do Sul com um significativo evento de instabilidade na semana que vem, mas com o passar dos dias reduziram os acumulados previstos. Mesmo assim, algumas áreas podem ter volumes altos entre terça e quarta com a atuação de um centro de baixa pressão e a posterior passagem de uma frente fria.

Como consultar os mapas de chuva

Todos os mapas neste boletim podem ser consultados pelo nosso assinante (assine aqui) na nossa seção de mapas. A plataforma oferece ainda mapas de chuva, geada, temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, neve, umidade no solo e risco de incêndio e raios, dentre outras variáveis, com atualizações duas a quatro vezes ao dia, de acordo com cada simulação. Na seção de mapas, é possível consultar ainda o nosso modelo WRF de altíssima resolução da MetSul.