
Milton foi um dor furacões mais intensos da história do Atlântico se formou em outubro de 2024
A temporada de furacões no Atlântico de 2025 promete ser mais intensa do que a média, de acordo com os meteorologistas do Serviço Nacional de Meteorologia da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica). Com temperaturas oceânicas mais elevadas, condições favoráveis para o desenvolvimento de tempestades tropicais e fatores climáticos específicos, especialistas alertam para a possibilidade de uma temporada ativa, com impactos que podem se estender muito além das áreas costeiras.
Águas mais quentes no Oceano Atlântico indicam temporada ativa
As previsões para 2025 indicam uma temporada com maior probabilidade de desenvolvimento de tempestades tropicais e furacões, impulsionada pelo aumento das temperaturas do Oceano Atlântico. Dados recentes mostram que o aquecimento das águas oceânicas fornece uma fonte abundante de energia para a formação e intensificação de ciclones, enquanto ventos mais fracos ao redor facilitam a sua evolução.
Além disso, a previsão aponta para a manutenção de condições neutras na Oscilação do Sul (ENSO), um fator que também favorece uma maior atividade ciclônica no Atlântico. A combinação desses elementos cria um cenário propício para o aumento da formação de tempestades, tornando essa temporada particularmente relevante para comunidades costeiras, governos e empresas de seguros.
Números e probabilidades: O que esperar de 2025
Crédito da imagem: NOAA NWS
Conforme divulgado pelo gráfico da NOAA acima em 22 de maio de 2025, há uma previsão de:
– Entre *13 e 19 tempestades nomeadas* (ventos de 63 km/h ou mais).
– Entre *6 e 10 furacões* (ventos de 119 km/h ou mais).
– De 3 a 5 furacões de grande intensidade, classificados como Categoria 3, 4 ou 5 (ventos de 178 km/h ou mais).
A probabilidade de uma temporada próxima à normal é de 30%, enquanto há uma chance de 60% de que ela seja mais ativa do que o habitual. Apenas 10% indica uma temporada abaixo da média. Esses intervalos têm uma confiança de 70%, o que reforça a necessidade de preparação contínua por parte de toda a população.
Lista alfabética de nomes de furacões no Atlântico para 2025, escolhida pela Organização Meteorológica Mundial. Encontre uma versão em texto desta lista em hurricanes.gov/aboutnames.shtml#atl (Crédito da imagem: NOAA NWS)
Fatores atmosféricos e oceanográficos que influenciam a atividade
Especialistas destacam diversos fatores que contribuem para esse cenário de alta atividade. Entre eles, a continuidade do oceano em altas temperaturas cria uma reserva de energia que alimenta os ciclones. Ventos de cisalhamento fracos, por sua vez, favorecem o crescimento e fortalecimento das tempestades, dificultando sua dissipação durante o percurso. Além disso, as previsões indicam uma possível intensificação da Monção da África Ocidental, uma das principais fontes de ondas tropicais que se deslocam para o Atlântico, formando alguns dos furacões mais potentes da temporada. A influência dessa combinação de condições térmicas e atmosféricas reforça o alerta para a necessidade de uma preparação proativa por parte da população, autoridades e setores econômicos.
Como a NOAA está se preparando para a temporada de 2025
O avanço tecnológico desempenha um papel fundamental na previsão, monitoramento e resposta às tempestades. Para esse ano, a NOAA está aprimorando seus sistemas de previsão com atualizações no seu famoso Modelo de Análise e Previsão de Furacões, que deve melhorar em 5% a precisão nas previsões de trajetória e intensidade dos ciclones. Estes dados são essenciais para emitir alertas antecipados e minimizar os impactos na vida das pessoas. Além disso, o Centro Nacional de Furacões (NHC) poderá emitir alertas com até 72 horas de antecedência antes da chegada de tempestades, proporcionando às comunidades mais tempo para se preparar. O Panorama de Riscos Tropicais Globais também foi estendido de duas para três semanas, oferecendo uma previsão mais robusta e permitindo uma resposta mais coordenada.