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Porto Alegre tem maior enchente de sua história em maio que demole todos os recordes históricos de chuva | GUSTAVO MANSUR/SECOM-RS

A chuva acumulada no mês até às 9h desta segunda-feira na estação meterológica convencional de referência climatológica da cidade de Porto Alegre, localizada no bairro Jardim Botânico, atinge a impressionante marca de 513,6 mm.

Com isso, a partir dos dados da estação do Oitavo Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia, pela primeira vez em sua história climática a cidade de Porto Alegre registra um acumulado em mês civil superior à marca dos 500 mm.

Todos os maiores registros mensais de precipitação até hoje, desde o começo dos dados regulares no ano de 1910, foram sempre na casa dos 300 mm ou 400 mm, o que evidencia a excepcionalidade e a anomalia histórica deste mês de maio na capital dos gaúchos.

O montante de chuva acumulado até o momento em maio não é apenas recorde para o mês de maio por uma larga margem como é o mês mais chuvoso de toda a série histórica da cidade, mostram os dados coletados e analisados pela MetSul Meteorologia.

Os meses de maio mais chuvosos da série histórica de Porto Alegre são 2024 (parcial) com 513,6 mm; 1941 com 405,5 mm; 1942 com 294,7 mm; 1984 com 286,8 mm; e 2019 com 245,1 mm.

Por sua vez, os meses mais chuvosos de série inteira são maio de 2024 (parcial) com 513,6 mm; setembro de 2023 com 447,3 mm; maio de 1941 com 405,5 mm; junho de 1944 com 403,6 mm; abril de 1941 com 386,6 mm; e junho de 1982 com 365,6 mm.

Para dimensionar a excepcionalidade deste maio em Porto Alegre. A média de chuva histórica de maio na capital gaúcha pela série 1991-2020 é de 112,8 mm. Ou seja, entre o dia 1º e 9h do dia 27 choveu 455% da precipitação média mensal.

Se considerada a média anual de chuva da capital gaúcha de 1494,6, também pela série 1991-2020, maio até agora soma 34% do que costuma chover em um ano.

Mas os números impressionantes não param por aí. Se considerado o intervalo de 30 dias, a partir de 27 de abril, quando começou o período chuvoso, até o começo da manhã de 27 de maio, o volume na estação do Jardim Botânico somou absurdos 664 mm em 30 dias ou 44% da média anual inteira.

A esmagadora maioria dos meses mais chuvosos da história climática da cidade de Porto Alegre se deu sob a presença do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico, casos de 1941, 1982, 2023 e 2024.

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