Mesmo com o aumento das temperaturas globais, as mortes relacionadas ao frio dobraram nos EUA entre 1999 e 2022. Um estudo da revista JAMA mostra que idosos e desabrigados são os mais vulneráveis.
Em 2022, o frio causou 3.571 mortes nos EUA, mais que o dobro das 1.700 mortes pelo calor no mesmo ano. Especialistas alertam que o frio segue sendo uma grande ameaça à saúde pública.

Crédito: SCOTT OLSON/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/METSUL
O crescimento da população sem-teto é um fator determinante para o aumento das mortes. O número de desabrigados cresceu 18% em um ano, atingindo o maior nível já registrado no país.
Idosos são os mais vulneráveis ao frio devido à menor eficiência do corpo em regular a temperatura. Além disso, doenças crônicas agravam os riscos, tornando o inverno ainda mais perigoso para essa população.
Fatores como isolamento social, abuso de substâncias e moradias sem isolamento térmico adequado também contribuem para o aumento das mortes. Indígenas, negros e nativos do Alasca são os grupos mais afetados.
Mesmo com invernos mais quentes em média, eventos climáticos extremos persistem. Mudanças no vórtice polar trazem ondas de frio intensas para regiões que normalmente não enfrentam temperaturas tão baixas.
Para evitar problemas de saúde, especialistas recomendam vestir várias camadas de roupas e cobrir toda a pele exposta. Aquecer o corpo corretamente pode prevenir casos graves de hipotermia e congelamento.
Cidades devem reforçar abrigos para moradores de rua e criar centros de aquecimento. Segundo o estudo, grande parte dessas mortes poderia ser evitada com medidas preventivas simples e eficazes.
A solidariedade também faz diferença: vizinhos e familiares devem monitorar idosos e pessoas vulneráveis, garantindo que estejam seguras durante períodos de frio extremo.