A virada do mês será marcada por umidade, chuva e temporais na transição de setembro para outubro no Sul do Brasil. A instabilidade deve ganhar força entre quinta e sexta-feira com chuva mais volumosa e a perspectiva de tempestades localizadas que podem trazer vento forte e granizo. A chuva deve atingir os três estados do Sul com os maiores volumes no Rio Grande do Sul no dia 30 e em Santa Catarina e no Paraná no dia 1º.

Muitas nuvens persistem nesta quarta-feira no Rio Grande do Sul com período de nublado a encoberto em diversas regiões e que podem trazer chuva ou garoa em diferentes pontos, especialmente na primeira metade do dia. Mesmo assim, aberturas de sol ocorrem durante o dia em diversas áreas do Estado, como o Oeste e o Noroeste. A temperatura, por conta da presença de muitas nuvens, não se eleva muito, mas as máximas serão mais altas que as de hoje, o que vai proporcionar uma tarde de temperatura agradável no Rio Grande do Sul.

A instabilidade nesta quarta-feira atinge ainda a maioria das cidades de Santa Catarina com a chuva se concentrando principalmente entre a madrugada e o período da manhã. No decorrer do dia, o sol deve aparecer com nuvens em diversas localidades catarinenses, mas alguns pontos ainda podem ter instabilidade na segunda metade da quarta-feira. A chuva deve atingir ainda algumas localidades do Paraná, entretanto com baixos volumes à medida que a instabilidade deve enfraquecer muito ao se deslocar para o território paranaense, onde a quarta deve ser de nuvens e nuvens com aumento de nebulosidade na maior parte das cidades.

Na quinta, o sol chega a aparecer com nuvens em grande parte do Rio Grande do Sul, porém a nebulosidade aumenta bastante no decorrer do dia e o tempo se instabiliza em todas as regiões. A chuva será mais volumosa do Centro para o Norte gaúcho. Dados analisados pela MetSul indicam alto risco de temporais isolados na quinta na Metade Norte gaúcha com possibilidade de ocorrências localizadas de vento forte e granizo. A chuva da quinta atinge ainda a maioria das regiões de Santa Catarina e parte menor do Paraná.

Na sexta, o dia começa com chuva na Metade Norte gaúcha e o tempo depois melhora, uma vez que a instabilidade deve se deslocar para Norte, impulsionada por uma massa de ar frio. Com isso, a chuva aumenta bastante em Santa Catarina e no Paraná, devendo alcançar todas as regiões catarinenses e a grande maioria das cidades paranaenses. Alerta-se que a chuva será localmente forte a intensa com altos volumes principalmente em parte de Santa Catarina. Os dois estados têm ainda risco de temporais isolados.

O fim de semana começa com chuva em diferentes regiões de Santa Catarina e do Paraná no sábado com os maiores volumes no estado paranaense. Parte do Rio Grande do Sul deve ter também instabilidade em algumas horas do dia, especialmente áreas mais ao Norte e Oeste. Já o domingo deve ter muita chuva no Paraná com precipitações localmente torrenciais, muitos raios e altos acumulados de precipitação que em algumas cidades podem ficar perto ou acima de 100 mm em 24 horas.

Este cenário dia a dia se reflete nos mapas de precipitação para o restante da semana e o começo da próxima. O mapa acima mostra a projeção de chuva para sete dias do modelo meteorológico alemão Icon, disponível com quatro atualizações diárias para o nosso assinante na seção de mapas para que possa se planejar e ter sempre as informações mais atualizadas. Como se observa no mapa, os maiores acumulados de chuva no período devem ocorre em Santa Catarina e no Paraná com volumes muito elevados no estado paranaense.

Os altos volumes de chuva projetados para o Paraná, embora o risco de temporais, são uma excelente notícia para os paranaenses. Curitiba e cidades do interior estão com rodízio no abastecimento de água. Outros municípios, em situação hídrica critica, se preparam para começar a racionar água. A chuva é ótima ainda para aumentar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Metade da geração de energia do Sul do país está no Paraná. Os níveis dos reservatórios do submercado Sul hoje estão em apenas 31,17%, sendo que na bacia do Rio Iguaçu a represa em melhor situação tem 42% e a pior apenas 12%. (Com foto de capa de Marcello Casal Jr./Agência Brasil)