O Vaticano condenou teorias catastrofistas sobre o clima, mas reconhece o aquecimento global e formou até um painel de cientistas que produziu um estudo sobre as mudanças climáticas. O agora Papa Emérito Bento XVI, que teve atuação destacada na discussão ecológica, defendeu um “estilo de vida que respeite a natureza e apóie exploração de energia limpas que preservem a criação e seres humanos”. O pontífice alemão chegou a ser denominado de “Papa verde”. Atacou o consumismo e o abuso dos recursos naturais do planeta. Alertou que a humanidade corre o risco de destruir os ecossistemas caso não escute “a voz da terra”. Nos seus seis anos de papado, instalou células de energia solar no principal auditório do Vaticano para a economia de luz, atacou a resistência econômica e política a combater a degradação ambiental e foi duro contra lideres mundiais que fracassaram na elaboração de um novo tratado do clima na conferência de Copenhague em 2009.


O novo papa Francisco (foto) é o primeiro da história a vir da ordem dos jesuítas, conhecida por seu envolvimento com a ciência e a educação, e que nos últimos anos se engajou em várias ações ambientais com ativismo no tema do clima, apoiando diversos projetos. O cardeal Bergoglio, agora pontífice, ficou conhecido pela atuação social e a escolha do nome Francisco remete, segundo alguns, à história de São Francisco de Assis, associada à humildade e pobreza, mas também ao meio ambiente e aos animais. Outros destacam a escolha do nome por São Francisco Xavier, um dos fundadores da ordem jesuítica e de perfil pastoral com forte atuação no Oriente, Em 2011, em debate pela tevê da Argentina com o rabino Abraham Skorka, o então arcebispo Mario Bergoglio adentrou no tema ecologia e fez impactante e sábia frase. “Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando e a natureza nunca perdoa”. (Imagem reprodução de jornais)