Anúncios
Foto mostra queimada no Pantanal

Pantanal registrou apenas ontem mais de um terço da média histórica de queimadas de agosto inteiro | MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/EBC

Pantanal arde! Agosto mal começou e o número de queimadas neste mês já Pantanal já supera a média histórica mensal de fogo de agosto inteiro, mostram os dados por monitoramento de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Conforme os dados divulgados pelo programa de queimadas do Inpe, somente nos primeiros seis dias de agosto o número de focos de calor observados no Pantanal chegou a 1899, valor acima da média histórica mensal (1998-2023) de 1478.

Com isso, mesmo muito longe de terminar, já se pode dizer que este agosto vai ficar entre os com maior número de queimadas no Pantanal desde o começo das medições. O recorde histórico de agosto é de 5993 focos de calor, em 2005.

A quantidade de queimadas no Pantanal neste momento é tão grande que somente no dia de ontem (6) o monitoramento por satélite apontou 536 focos de calor. Ou seja, apenas um dia teve um terço da média de queimadas do mês inteiro.

Os números do Inpe deste mês até agora mostram valores diários de focos de calor de 241 no dia 1º; 339 no dia 2; 262 no dia 3; 420 no dia 4; 101 no dia 5; e, finalmente, 536 focos de calor no dia 6.

O número de queimadas neste mês está particularmente alto no Mato Grosso do Sul. Somente nos primeiros seis dias do mês foram 2143 focos de calor, marca acima da média mensal histórica de agosto inteiro de 1707.

Junho teve número absurdamente alto de queimadas

Em junho, os satélites registraram 2639 focos de calor no Pantanal. O número equivale a 1700% a média histórica de queimadas no sexto do mês do ano, que foi 154 entre os anos de 1998 e 2023.

O recorde de junho, que até o ano passado era de 435 focos de calor, em 2005, foi superado em impressionantes seis vezes em junho de 2024. O número de focos de calor em junho de 2024 ficou 34 vezes acima de junho de 2023, que terminou com somente 77 focos de calor.

Somente o estado do Mato Grosso do Sul teve em junho 2737 focos de calor, o que representa quase dez vezes a média histórica mensal de queimadas em junho de 1998 a 2023 de 278. Antes, o pior junho de fogo tinha sido em 2005 com 557 focos, logo cinco vezes menos que em 2024.

Julho foi outro mês de fogo no Pantanal

Depois do mês de junho recorde de queimadas, o Pantanal enfrentou mais um mês com muito mais fogo do que a média em julho. O mês terminou com 1218 focos de calor no bioma, número muito acima da média histórica de 441.

Em toda a série histórica de dados de monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, somente houve dois meses de julho com números piores de fogo no Pantanal que os de 2024: julho de 2005 com 1259 focos de calor e julho de 2020 com 1684.

A MetSul Meteorologia está nos canais do WhatsApp. Inscreva-se aqui para ter acesso ao canal no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de meteorologistas.