O mês de agosto comumente é de muitas queimadas na América do Sul, mas neste ano o período de fogo chegou mais cedo e o número de incêndios em vegetação está muito acima do normal. Com correntes de vento, a fumaça das queimadas se espalha por muitas áreas do continente.
🔥AMBIENTE | Animação gerada pelo @CopernicusEU mostra deslocamento de fumaça de queimadas na Amazônia, Bolívia, Chaco e Pantanal pelo interior da América do Sul em direção ao Sul até o Uruguai e o Rio Grande do Sul. pic.twitter.com/WVQrwGxb1n
— MetSul #AjudaRS (@metsul) August 7, 2024
A animação acima mostra a projeção para a América do Sul de aerossóis com dispersão da fumaça gerada pelas queimadas a partir de dados do modelo europeu CAMS do Sistema Copernicus entre os dias 6 e 10 de agosto.
Como se observa, há uma grande quantidade de fumaça sendo liberada na atmosfera nestes dias por queimadas que ocorrem em grande número no Chaco, Bolívia, Pantanal e principalmente a região da Amazônia.
Uma corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera, entre 1000 e 2000 metros de altitude, que avança de Norte para Sul pelo interior do continente, acabou por levar a fumaça vinda de lugares tão distantes quanto o estado do Amazonas para o Rio Grande do Sul.
Foi possível ver da superfície a fumaça ontem na Metade Norte do Rio Grande do Sul, onde o tempo estava mais aberto. No final da tarde, sob a presença do material particulado na atmosfera, o entardecer chamou a atenção pela coloração do sol sob a presença de fumaça.
IMAGEM | Fim de tarde nesta terça-feira em Colinas, Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, com fumaça trazida por correntes de vento de Norte. 📷 @mariodecolinas pic.twitter.com/g0PI1SJ7Ps
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Agora, com o avanço de uma frente fria e o ingresso de ar frio e limpo de Sul durante a segunda metade desta semana, a atmosfera passará a ficar livre de fumaça no Sul do Brasil que será deslocada para o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil.
Somente ontem, terça-feira, o monitoramento de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais identificou 1244 focos de calor na Amazônia. Nos primeiros seis dias do mês, o bioma anotou mais de cinco mil focos de calor. No Pantanal, o número de queimadas já supera a média histórica do mês todo. A Bolívia já tem mais de 4 mil focos de calor nos primeiro seis dias do mês, mais da metade da média histórica mensal.
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