NOAA

O outono começou com o fenômeno La Niña ainda presente no Oceano Pacífico Equatorial, mas com uma condição de neutralidade cada vez mais próxima.

Com efeito, o último boletim semanal atualizado ontem pela agência americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) registrou um decréscimo na intensidade do resfriamento no Oceano Pacifico Equatorial Central.

A região Niño 3.4 teve anomalia de -0,5°C. Esta área do Pacífico é que designa oficialmente a condição do oceano e o valor de -0,5°C é o exato limite de La Niña e neutralidade. 

Além disso, outro dado relevante é o aquecimento na região Niño 1+2 que tem impacto no regime de precipitação e nos volumes de chuva no Rio Grande do Sul. 

No Pacífico Leste, na região denominada Niño 1+2, a temperatura superficial do oceano apresentou anomalia positiva de 0,5°C, limite de neutralidade e El Niño. 

Esta região, porém, não é usada para designar se há La Niña, neutralidade ou El Niño. 

A evolução semanal da anomalia da temperatura superficial do ma do dia 24 de fevereiro até 17 de março mostra que as áreas em azul (águas mais frias) tiveram significativa redução faixa equatorial.

Ademais, observa-se uma ampliação de área de água mais quente que cresce a partir do Pacífico Leste e que culmina na anomalia positiva na região nino 1+2.

O perfil das anomalias da temperatura do mar abaixo da superfície do oceano, a cerca de 100 metros de profundidade, mostra que ainda há uma área de águas mais frias. 

Logo abaixo, porém, observa-se uma grande área de águas mais quentes que nas próximas semanas poderá ter efeito de atenuar o resfriamento das águas superficiais da região equatorial. 

Isso sinaliza uma tendência de neutralidade, ou seja, a temperatura da água voltando ao redor do normal na superfície do Pacífico Equatorial Central.