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As enormes ondas – geradas por fenômenos meteorológicos e não um tsunami – que atingem há dias a costa do Pacífico da América do Sul, com danos e vítimas no Peru e no Equador, chegaram ao litoral do Chile. A forte agitação marítima alcançou praias como Viña del Mar e Valparaíso, na região central do Chile, gerando alertas à população e para a navegação.

JAVIER TORRES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile emitiu um alerta preventivo antecipado devido à ocorrência de ondas anormais na costa continental do país. Também a Marinha (Armada) do Chile fez vários alertas sobre a ondulação muito intensa.

Ondas gigantes de até 4 metros estão atingindo as costas do Equador e do Peru, deixando dezenas de portos fechados e pelo menos uma pessoa morta no sábado, segundo as autoridades.

Cais e praças públicas ficaram submersos em algumas partes do Peru, obrigando moradores a fugirem para áreas mais altas, de acordo com imagens divulgadas pela mídia local.

As ondas, segundo a marinha peruana, estão sendo geradas ao largo da costa dos Estados Unidos por ventos que sopram na superfície do oceano. Muitas praias nas regiões central e norte do país foram fechadas para evitar riscos à vida humana, informaram as autoridades.

Dezenas de barcos de pesca foram danificados, enquanto os que não foram atingidos permanecem impossibilitados de operar devido às condições perigosas. “Nenhum pescador pode sair para o mar”, disse Juan Ore, de 60 anos, à AFP.

Trinta e um pescadores que estavam à deriva foram resgatados na tarde de sábado pela marinha, enquanto outro disse à rádio local que cerca de 180 ainda permaneciam no mar. “Não há mais suprimentos, nem água. Nossos irmãos e irmãs estão praticamente à deriva”, disse o homem à rádio Exitosa.

No vizinho Equador, a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos informou que um corpo foi encontrado na cidade costeira de Manta. O Corpo de Bombeiros de Manta relatou que, às 6h, o corpo de uma pessoa desaparecida foi encontrado sem vida no setor de Barbasquillo”, anunciou a agência nas redes sociais.

O Peru fechou 91 de seus 121 portos até 1º de janeiro, segundo o Centro Nacional de Operações de Emergência em sua conta na rede social X. Em Lobitos, no norte, um vídeo mostrou um grupo de pessoas em um píer correndo em direção à costa enquanto enormes ondas atingiam a estrutura.

Callao, que fica próximo à capital Lima e abriga o maior porto do Peru, fechou várias praias e proibiu a saída de barcos de turismo e pesca. “Há um grande problema”, disse o prefeito do distrito de La Cruz, Roberto Carrillo Zavala, à AFP, após inspecionar os danos de helicóptero com o Ministro da Defesa do Peru, Walter Astudillo Chavez.

As ondas “estão sendo geradas a milhares de quilômetros do Peru, ao largo da costa dos Estados Unidos”, disse o capitão da marinha Enrique Varea ao canal de televisão Canal N. “São ondas geradas por um vento persistente na superfície do oceano que está se aproximando de nossas costas”, afirmou.

O fenômeno começou no Natal e continuará até 1º de janeiro, de acordo com o Centro Nacional de Operações de Emergência. As autoridades do Equador informaram que o “mar agitado” era esperado até 29 de dezembro.

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