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Agitação marítima severa a extrema atinge a costa Oeste da América do Sul com danos principalmente na costa do Peru, efeito de uma sequência de swells (ondulações) vindas do Pacífico no Hemisfério Norte, entre a Ásia e o continente americano.

Neste sábado, o Peru elevou para 91 o número de portos fechados, de um total de 121, e restringiu o acesso às praias recreativas devido à agitação marítima que atinge as costas norte e central do país, informaram as autoridades.

“O número de portos fechados em todo o litoral aumenta para 91 devido à continuidade do mar agitado”, informou o Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN) em sua conta na rede social X.

Inicialmente, o Peru havia anunciado o fechamento de 30 portos do país de ontem até a próxima quarta-feira, como medida de segurança para as embarcações e a praticagem.

Em Callao, onde está localizado o principal porto do Peru, próximo a Lima, “decidiu-se fechar o acesso às praias de Abtao, Santa Rosa, La Arenilla, Cantolao e todas as demais de uso recreativo situadas na costa do Callao”, informou a prefeitura em comunicado.

Também foi proibida a saída de embarcações turísticas e pesqueiras de qualquer praia ou porto do Callao.

“A agitação marítima é gerada a milhares de quilômetros do Peru, em frente aos Estados Unidos (…) causado por ventos persistentes na superfície do oceano que se aproximam de nossas costas”, explicou o capitão da Marinha Enrique Varea.

O swell, com ondas de até quatro metros, também afeta enseadas e desembarcadouros nas regiões de Tumbes e Piura, na fronteira com o Equador.

O fenômeno provocou danos em dezenas de embarcações de pesca artesanal e comércios próximos ao mar, além de causar a evacuação de moradores ribeirinhos devido à inundação de calçadões e praças, segundo imagens divulgadas por meios de comunicação locais e redes sociais.

A Direção de Hidrografia e Navegação da Marinha de Guerra do Peru alertou sobre a presença de agitação marítima anômala com intensidades que variam de leves a fortes ao longo do litoral peruano.

De acordo com o aviso emitido na sexta-feira pela instituição, o fenômeno se prolongará até 1º de janeiro, afetando gradualmente diferentes áreas do litoral norte, central e sul do país. O Chile também emitiu avisos de forte agitação marítima em sua costa.

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