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É iminente que o Oceano Pacífico atinja condições de El Niño. As condições, inclusive, já podem ter sido alcançadas, mas, como os boletins são semanais, apenas se saberá nos próximos dias. Boletim divulgado na quinta pelo Serviço Meteorológico da Austrália (americanos têm seu informe semanal na segunda) informou que a anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) na chamada Região Niño 3.4, no Pacífico Central, chegou a +0,4ºC, apenas 0,1ºC do patamar de El Niño de +0,5ºC ou mais. A língua de água mais quente que a média se prolongando pela faixa equatorial do Pacífico, clássica de um El Niño, já pode ser notada (imagem). Historicamente, o fenômeno El Niño traz aumento da chuva aqui no Rio Grande do Sul, o que deve ser especialmente constatado no segundo semestre do ano com eventos de precipitação excessiva e risco até de enchentes.

Sobre o monitoramento do fenômeno ENSO houve uma importante alteração recente. O NOAA mudou seus anos-base de climatologia para as anomalias de 1971-2000 para 1981-2010, informando que segue as normas da OMM (Organização Meteorológica Mundial) de se utilizar a climatologia de pelo menos 30 anos, sendo a série histórica mais recente a iniciada em 1981. Algumas páginas do NOAA, porém, seguem usando a climatologia que começa em 1971, tornando tudo mais confuso. Já o serviço meteorológico australiano continua a se valer da climatologia de 1971-2000 para as anomalias de TSM do Pacífico.


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