É uma marca do verão gaúcho nas praias. O famoso vento Nordestão. Que incomoda e muitos os veranistas na orla. Por que ele ocorre? No verão, diferentemente do inverno em que as trajetórias das massas de ar frio são continentais ou pelo interior da América do Sul, os pulsos de ar frio têm uma trajetória mais marítima. Quando há um centro de alta pressão sobre o Atlântico, associado a ar mais frio, o contraste térmico com a massa de ar mais quente e de menor pressão atmosférica sobre o continente traz vento que vem do quadrante Leste (Sudeste a a Nordeste). Recordando sempre que a parcela da massa de ar sobre terra aquece mais durante o dia que sobre o mar, gerando vento térmico que se dá na forma de brisa ou com maiores velocidades com o Nordestão. Como o verão de 2018 vai transcorrer sob La Niña, há uma maior propensão a pulsos de ar frio ao longo da estação com trajetória marítima, por conseguinte as altas pressões sobre o Atlântico tendem a estar mais reforçadas. Com isso, o Nordestão neste verão de 2018 deverá não só se fazer presente como tende a ser mais freqüente que o habitual. É uma garantia, por outro lado, de jornadas de temperatura mais agradável e menor frequência de chuva na região.