Os últimos dias de novembro proporcionaram significativo alívio da estiagem no Oeste e no Noroeste do Rio Grande do Sul com acumulados de precipitação acima de 100 mm em muitas áreas destas regiões e até próximos de 200 mm em pontos do Noroeste. Já no Sul e na maior parte do Leste gaúcho, exceção da Serra, os volumes foram muito baixos na última semana de novembro.
O mês de dezembro que começa nesta terça-feira deve manter padrão mais favorável de chuva na Metade Norte do Rio Grande do Sul, onde se concentra a maior parte da produção de soja e milho do Estado. Os modelos, em geral, indicam precipitação próxima ou acima da média (em verde) na Metade Norte gaúcha. É o caso do norte-americano CFS (mapa).
Mesmo indicativo existe para Santa Catarina e o Paraná assim como para grande parte do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. Para a Metade Sul gaúcha, ao contrário, o indicativo é de chuva abaixo da média (em laranja) em dezembro.
É fundamental que chova e haja estoque de água no solo e reservatórios porque no decorrer do verão a tendência é de a chuva voltar a ficar irregular e deficitária em muitas áreas do território gaúcho. Por isso, chuva acima da média em grande parte do Sul do Brasil em dezembro será extremamente importante.
As áreas do Sul, do Centro-Oeste e do Sudeste que devem ter chuva acima da média em dezembro terão uma maior frequência de temporais típicos de verão da tarde para a noite que não raro são fortes com altíssimos volumes de chuva em curto período com inundações repentinas, vento forte e granizo localizados.
A temperatura, por sua vez, tende a ficar perto ou um pouco acima da média na maior parte do Rio Grande do Sul em dezembro. Haverá dias de forte a intenso calor, sobretudo na segunda quinzena, porém não deve ser a regra do mês todo.