Nos próximos 10 dias a chuva tende a ter maiores volumes na Metade Norte do país. Modelos projetam o risco de novos excessos. Além disso, áreas que na semana passada já tiveram volumes muito altos seguirão com instabilidade com risco de mais transtornos.

O canal primário de umidade da região amazônica atuará na direção do Centro Oeste e Sudeste nos próximos dias com previsão da manutenção das pancadas de chuva. No setor Norte incluindo parte do Nordeste a Zona de Convergência Inter tropical, ZCIT, será a responsável pelos pulsos de chuva forte com previsão de grandes acumulados.

No Sul os próximos dias serão de predomínio de sol entre nuvens. A instabilidade retorna isolada entre a quinta e sexta que terá pancadas esparsas de chuva na Metade Norte do Rio Grande do Sul em partes de Santa Catarina e no Leste do Paraná. Os acumulados inicialmente serão muito irregulares. Entre os dias 31 de março e 1° de abril uma frente fria irá cruzar a região com potencial de eventos de chuva forte localizada. Entre os dias 02 e 03 um centro de baixa pressão poderá trazer novos episódios de chuva moderada  a forte, porém mal distribuída pela região.

Nesse meio tempo o Sudeste o cenário é de grande preocupação por conta dos eventos extremos da semana passada. O solo segue encharcado em áreas de encosta, sobretudo, na serra fluminense e em parte de Minas Gerais e Espírito Santo apresentam instabilidade e qualquer quantidade de chuva representa risco. Os modelos indicam que diariamente, não há previsão de repetição de eventos na magnitude da semana passada. No dia a dia a chuva irá ocorrer com intensidade fraca e, por vezes, moderada, dessa forma em geral o acumulado em 24 horas não deverá passar muito de 15 a 30 mm. Na soma do período inteiro, contudo, áreas do Leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito poderão somar mais de 100 mm, com até 150 mm na divisa do Rio de Janeiro com o Espírito e no Triângulo Mineiro.

Enquanto isso no Centro Oeste o período será de muita umidade com frequentes pulsos de chuva moderada a forte. Os maiores acumulados da região deverão se concentrar entre Mato Grosso, metade sul de Goiás e parte norte de Mato Grosso do Sul. A expectativa é de a chuva mais forte e volumosa ocorrer nesta semana entre a terça e a sexta. Do fim de semana diante a instabilidade deverá prosseguir, porém a umidade amazônica que estava canalizada na região tende a se dissolver ao se expandir na direção do sul. E sem o suporte integral a chuva perde força.

Do mesmo modo no Nordeste a Zona de Convergência Intertropical irá determinar a distribuição da chuva pela região. Os maiores acumulados deverão se concentrar na parte Norte da região. Acumulados ao redor de 100 a 200 mm entre a Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piuaí e Maranhão. Em contrapartida entre o Sul do Piauí, interior de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e em grande parte da Bahia os acumulados serão menores na casa de 30 a 50 mm.

O Norte segue seu período de inverno com manutenção dos repetidos eventos de chuva forte com projeção de grandes volumes. Os maiores acumulados deverão ocorrer entre o Pará, Amazonas e Rondônia e em parte do Tocantins com projeção de 100 a 200 mm, pontualmente não se descarta totais ao redor e superiores a 250 mm. No sul de Tocantins e no Acre tem maior irregularidade na quantidade de precipitação com projeção de 20 a 50 mm. Em Roraima poderá voltar a chover entre a quinta e a sexta com alguma melhora na qualidade do ar em Boa Vista.