O tempo já melhorou na área da província argentina de Corrientes onde estão os gafanhotos que colocam em alerta autoridades argentinas, brasileiras e uruguaias. Choveu, contudo, nas últimas horas na região. Os volumes foram baixos ou muito baixos.
Segundo Ricardo Felicetti, chefe do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, a chuva é uma aliada contra a praga.
“Quando há precipitação, eles diminuem muito a atividade e tendem a permanecer no solo. A própria biologia do inseto começa a ficar comprometida porque a zona de conforto dele é temperatura alta e tempo seco. Uma vez no solo, podem ser vítimas de predadores naturais, o que tende a diminuir a infestação”, disse.
A projeção do modelo GFS indica agora uma sequência de dias de tempo seco na região, mas com frio, condição que não é favorável aos insetos. Deve voltar a chover na região no final do mês, mas, novamente, com baixos volumes. Na sequência ingressará outra massa de ar frio ainda mais forte.
Segundo o último informe das autoridades argentinas da SENASA, os gafanhotos seguem nesta quinta-feira na localidade correntina de Sauce e não se deslocaram devido à baixa temperatura.
Hola cómo estás? En estos momentos se encuentran cerca de Sauce, Corrientes. No se movieron por las bajas temperaturas. Si lo realizan en el dia de hoy, la tendencia de viento es sur a norte. Gracias por tu preocupación.
— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 25, 2020
A nuvem de gafanhotos levou o Ministério da Agricultura a declarar estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A portaria foi publicada no início da madrugada desta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU).