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Se 2021 foi um ano marcado por muitos extremos no clima ao redor do planeta, 2022 não começou diferente no Brasil e no mundo com o primeiro mês do ano marcado por grandes eventos meteorológicos de alto impacto que deixaram muitas vítimas e prejuízos.

Volumes de chuva extremos, de 300 mm a 500 mm no final do ano e nos primeiros dias de 2022, trouxeram graves inundações, deslizamentos de terra, colapso de estruturas e até o rompimento do sistema de drenagem de uma barragem em Minas Gerais. Mais de uma centena de rodovias registrou interrupções. Várias cidades, especialmente do Centro de Minas, ficaram debaixo d´água. O desabamento de uma rocha em Capitólio matou dez turistas, mas outras cidades enfrentaram também vítimas pela chuva extrema. A Grande BH foi uma das áreas mais castigadas pelas intensas precipitações que duraram vários dias. | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

No fim de janeiro, evento extremo de chuva atingiu o estado de São Paulo. Cidades ficaram cobertas de água e rios transbordaram. Um dos municípios mais atingidos foi o de Franco da Rocha, onde grande deslizamento deixou mortos e desaparecidos. Os volumes de chuva ficaram entre 200 mm e 300 mm em apenas três dias em algumas cidades. Diversas regiões do estado paulista tiveram estragos e vítimas em consequência da chuva. | PREFEITURA DE FRANCO DA ROCHA/DIVULGAÇÃO

Carros foram abandonados após ficarem presos na neve em Attiki Odos, principal anel viário de Atenas, após a maior tempestade de neve na capital grega desde 1968 e que paralisou a cidade. Istambul, na Turquia, também ficou paralisada com a cidade de 16 milhões de habitantes tomada pela neve como há muito não se via. Pela primeira vez o novo aeroporto de Istambul suspendeu operações. | SOTIRIS DIMITROPOULOS/EUROKINISSI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A mesma tempestade de neve que assolou o Mediterrâneo depois avançou para o Oriente Médio, cobrindo de neve vários pontos de Israel, Palestina, Líbano e Jordânia. Paisagem de cartão postal se viu em Belém e Jerusalém, na Terra Santa. Na Jordânia, onde nevou muito, as ruas da capital Amã ficaram quase intransitáveis pela grande quantidade de neve que trouxe alívio para a crise hídrica de anos | KHALIL MAZRAAWI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Uma brutal onda de calor assolou o Centro da América do Sul com marcas históricas na Argentina, Uruguai, Sul do Brasil e Paraguai. Argentina teve quase 20 dias seguidos com máximas acima de 40ºC e que passaram de 45ºC. Buenos Aires teve dois dos seus três dias mais quentes em uma semana desde o começo das medições em 1906 com máxima de 41,5ºC. E anotou a menor mínima da sua história. O Uruguai teve recorde nacional de calor com 44,0ºC em Florida. No Rio Grande do Sul, 15 dias seguidos acima de 40ºC. Porto Alegre teve a quarta maior máxima em 112 anos. Uruguaiana, São Luiz Gonzaga e Alegrete a segunda maior máxima em 110 anos. Bagé bateu o recorde de maior máxima em um século. | ALEJANDRO PAGNI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A poderosa onda de calor trouxe vários dias seguidos com fortes a severas tempestades no Rio Grande do Sul com danos em diversos municípios. A cidade mais castigada foi Guaíba com muitos estragos pelo vento associado a uma micro-explosão que chegou a virar caminhões na BR-116. Cidades como Iraí, Cotiporã e Cruz Alta também tiveram violentos vendavais durante o período de calor excessivo. | MAURO SCHAEFER/CORREIO DO POVO

Um dilúvio se abateu sobre a cidade de Montevidéu em evento que a Prefeitura local descreveu como sem precedentes. Ruas e avenidas da capital uruguaia se transformaram em rios e lagos. Carros foram arrastados ou boiavam nas ruas. A chuva em poucas horas ficou entre 100 mm e 150 mm. A intensa precipitação atingiu também o departamento de Canelones. | REPRODUÇÃO

No último dia da onda de calor, um temporal atingiu apenas parte da cidade de Porto Alegre e despejou quase 60% da média de chuva do mês inteiro em alguns bairros, causando alagamentos e inundações, especialmente nos eixos das avenidas Ipiranga, José de Alencar e Bento Gonçalves. Os extremos Sul e Norte da capital gaúcha escaparam da força do temporal de chuva | MAURO SCHAEFER/CORREIO DO POVO

No último fim de semana de janeiro, uma das piores tempestades de neve em anos com um ciclone bomba na costa atingiu o Nordeste dos Estados Unidos. Vários estados anotaram ao menos um pé de neve. Massachussetts foi um dos estados mais castigados pela nevasca que igualou o recorde histórico de maior precipitação de neve em apenas um dia da cidade de Boston | SCOTT EISEN/GETY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

No começo de janeiro, a capital dos Estados Unidos e região ficaram paralisas pela maior nevasca em anos. Ao menos 340 mil residências ficaram sem energia elétrica na Virgínia e 67 mil em Maryland, com árvores que caíam sobre os postos elétricos pelo peso da neve. Em resposta, o governo anunciou o fechamento dos serviços federais na cidade de Washington, cancelando a coletiva de imprensa diária da Casa Branca e a única votação do dia no Senado. Milhares de motoristas ficaram presos na neve por mais de um dia na rodovia I-95. | OLIVIER DOULIERY/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A poderosa onda de calor e a histórica onda de calor trouxeram incêndios arrasadores no Oeste do Rio Grande do Sul que destruíram propriedades e mataram animais em Uruguaiana e Alegrete. O número de focos de queimadas detectado por satélites na Argentina e no Paraguai em janeiro superou 400% da média histórica e bateu recorde para o mês. | ASSOCIAÇÃO DOS ARROZEIROS DE URUGUAIANA

A estiagem se agravou ainda mais no Rio Grande do Sul com a chuva irregular e a poderosa onda de calor em janeiro. Centenas de municípios entraram em situação de emergência e os prejuízos no campo atingem dezenas de bilhões de reais com impactos em todas as culturas. Rios secaram e a paisagem se transformou no estado gaúcho com solo rachado e o Pampa seco. | ROSINARA FERREIRA

A Austrália igualou a maior temperatura da sua história com o aeroporto de Onslow, perto da remota cidade de Onslow, na Austrália Ocidental, registrando 50,7°C. A temperatura é a maior da história no estado australiano de Austrália Ocidental (WA), iguala o recorde nacional de 50,7ºC de Oodnadatta, no deserto de Outback do estado da Austrália Meridional (SA), em 2 de janeiro de 1960, e o recorde de calor do Hemisfério Sul. | MICHAEL ERREY/AFP/METSUL METEOROLOGIA