Richarlison, filho ilustre do Espírito Santo, encantou o mundo com seu futebol na estreia da seleção brasileira no Mundial do Catar | NELSON ALMEIDA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O Brasil ficou eletrizado pela estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar e a grande atuação do seu atacante Richarlison que marcou dois gols, sendo um deles de placa e que encantou os admiradores do futebol em todo o mundo.

Richarlison nasceu em Nova Venécia, no Noroeste do estado do Espírito Santo, sendo o único atleta do elenco de origem capixaba. Começou a jogar futebol nas categorias de base de um pequeno clube local, o Real Noroeste. Ganhou projeção nacional, contudo, no América Mineiro.

Do time de Minas Gerais, o atacante se transferiu para o Fluminense, do Rio de Janeiro. O seu grande futebol pelo clube carioca logo rendeu um contrato de transferência para a Europa, o sonho dos jogadores. Foi aí que em menos de dois anos o atacante do Espírito Santo acabou indo para o velho continente.

Richarlison foi negociado com o Watford, da Inglaterra, onde seguiu apresentando um grande futebol. Mas o Watford era pequeno para o seu futebol e um ano depois veio o convite para jogar para o Everton, clube de maior porte na rica Premier League. Com 53 gols em 153 jogos acabou inevitavelmente ídolo dos ingleses.

O craque da seleção, contudo, não é grande apenas no futebol. Com enorme consciência social, o astro do Brasil é engajado em causas sociais e ambientais que empresta apoio como a luta contra o racismo, o enfrentamento da pandemia e a preservação ambiental. Doa dez por cento do seu salário para instituição que trata doentes de câncer no interior paulista e se tornou embaixador do programa USP Vida.

Richarlison vem de um estado que não costuma atrair muita atenção pelos fenômenos do clima, mas que às vezes sofre com extremos meteorológicos. O Espírito Santo, pela posição geográfica, costuma sofrer com o calor do Nordeste logo ao Norte e às vezes tem frio pelas incursões de ar polar no Sudeste.

Em razão da sua localização, os capixabas têm influência no clima da maritimidade – é um estado costeiro – e igualmente da Mata Atlântica com um clima tropical úmido nas áreas perto do oceano enquanto no interior do estado predomina o clima tropical de altitude.

Com isso, os verões são chuvosos e os invernos secos, seguindo a regra de grande parte do Brasil Central e da maioria das áreas do Sudeste do Brasil de ter no verão a estação chuvosa e o inverno a estação seca.

Vitória, a capital, tem precipitação média anual de 1.383 mm na série histórica 1991-2020. O mês mais chuvoso é novembro com 233,6 mm. O mais seco é agosto com 59,9 mm. Por sua vez, a temperatura média anual da capital capixaba é de 24,9ºC. O mês mais quente é fevereiro com média compensada de 27,5ºC enquanto o mais frio é julho com 22,5ºC.

Ontem, quando Richarlison marcava os gols da vitória da seleção brasileira, o tempo estava chuvoso na sua terra natal. Chovia em Nova Venécia entre 17h e 18h da quinta-feira, segundo dados da estação meteorológica local. Com isso, os mais de 50 mil moradores da cidade, orgulhosa do seu filho ilustre, não enfrentavam alta temperatura que era de 22ºC.

A MetSul Meteorologia está alertando para chuva muito volumosa e excessiva no estado do Espírito Santo nos próximos dias com acumulados de precipitação muito altos que podem trazer enchentes e inundações. Modelos chegam a indicar volumes nos próximos sete dias de até 300 mm a 500 mm para pontos do litoral capixaba.