Anúncios

Grande quantidade de fumaça de queimadas cobria hoje extensas áreas do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. É o que mostravam as imagens do sensor ABI de profundidade óptica do satélite GOES-16 desta quinta-feira (23) e divulgadas pela divisão de monitoramento de aerossóis da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA).

O bioma Cerrado registrou até o dia 22 de setembro neste mês 17.361 focos de calor. O valor se aproxima da média histórica de setembro de 22.857. Com o intenso calor dos últimos dias, houve um salto no número de focos de calor no Cerrado. Foram 533 no dia 17, 1488 no dia 18, 1149 no dia 19, 1557 em 20 de setembro, 1336 no dia 21 e 898 no dia 22.

O Distrito Federal teve na terça (21) o dia mais quente do mês em 60 anos. Os termômetros marcaram 37,1°C na estação meteorológica de Águas Emendadas, em Planaltina (DF). Foi a maior marca da série histórica para setembro que se iniciou em 1961. A estação registrou 34,3ºC no dia 19 com 10% de umidade, 34,7ºC no dia 20 com 14% de UR, 37,1ºC no dia 21 com 12% de umidade, 36,8ºC com umidade de 13% ontem e 32,9ºC com 29% de umidade hoje. O Distrito Federal acumulou no mês até o dia 22, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 135 focos de queimada, mais que o dobro da média histórica mensal de 60.


Goiânia registrou máxima de 38,9ºC no dia 19, 40,4ºC no dia 20, 40,1ºC no dia 21, 39,9ºC ontem e 38,5ºC hoje. A umidade chegou a cair a 10% em três destes dias na capital goiana. Segundo dados do Inpe, Goiás registra em setembro até o dia 22 um total de 2267 focos de calor, muito perto da média histórica do mês inteiro de 2339. Somente no dia 19 foram observados pelos satélites 335 focos de calor.

A temperatura em Corumbá (MS) chegou a 42,1ºC no domingo (19), subiu a impressionantes 43,9ºC na segunda (20), desceu para 33,8ºC na terça (21), chegou a 33,5ºC ontem (22) e hoje foi a 36,4ºC. O Mato Grosso do Sul somou até o dia 22 deste mês 1937 focos de calor, número que supera a média histórica de setembro de 1901. O pior dia de fogo neste mês foi 20 de setembro com 223 focos de calor registrados.

O pior cenário de fogo, entretanto, ocorre no estado de Minas Gerais. Somente até o dia 22 deste mês foram 5027 focos de calor. O número é muito superior à média histórica de setembro de 3301. Apenas no dia 18, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais constataram 563 focos de calor no território mineiro. Para se ter ideia, este número de apenas um dia supera a média de fogo mensal de junho de 326. Muitas cidades mineiras anotaram máximas próximas ou acima dos 40ºC no começo da semana.

Anúncios