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Volumes muito altos de chuva a localmente excessivos a extremos são esperados no Rio Grande do Sul entre esta quinta e a sexta-feira pela atuação de uma frente quente e depois o avanço de uma frente fria pelo estado.

Já choveu nesta quarta em diversas regiões gaúchas com acumulados em estações de monitoramento até o começo da noite de 36 mm em São Sepé, 26 mm em Caçapava do Sul, Porto Vera Cruz, São Gabriel e Vila Nova do Sul, 22 mm em Santa Maria, 21 mm em Lavras do Sul e 20 mm em Horizontina.

O período mais crítico da instabilidade tem início nesta quinta-feira com acumulados de chuva muito altos e mesmo excessivos a extremos em parte do Rio Grande do Sul com a intensificação da instabilidade sobre o estado.

Nesta quinta, uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera, um corredor de vento forte entre 1000 e 2000 metros de altitude que se origina na Bolívia, vai atuar no estado com ingresso de ar quente.

Isso vai determinar a formação e atuação de uma frente quente. Como consequência, a frente quente traz chuva para várias regiões no começo desta quinta, notadamente em pontos do Oeste, Centro, Sul e o Leste do estado.

Como ocorre com estas frentes, elas tendem a recuar para o Sul, uma vez que deslocadas pelo ar tropical que avança de Norte. Com efeito, a instabilidade tende a se concentrar no decorrer desta quinta no Oeste e no Sul gaúcho com altos volumes de chuva, em particular no Oeste, onde em algumas localidades pode chover excessivamente.

Vem ainda mais água na sexta, quando a frente avança de Sul para Norte no Rio Grande do Sul desta vez como um sistema frontal frio.

Ao se deslocar pelo território gaúcho, a frente ganha muita força ao encontrar o ar quente da corrente de jato em sua dianteira. Chove forte a intensamente em muitas cidades.

Vários pontos, em especial do Oeste, Centro e o Sul gaúcho, podem ter 50 mm a 150 mm em poucas horas com risco de marcas até superiores em menos de seis horas, trazendo alagamentos e inundações repentinas.

Os mapas abaixo mostram as mais recentes projeções de chuva do modelo alemão Icon, do modelo do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF), do modelo WFRF de alta resolução inicializado com o modelo europeu, e ainda o modelo canadense.

Todos estes modelos e outros com projeções de precipitação podem ser consultados a qualquer hora em nossa seção de mapas do site pelo assinante da MetSul Meteorologia (basta clicar aqui para assinar).

METSUL

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Chama atenção como os acumulados podem passar de 100 mm em muitas cidades com risco de marcas acima de 200 mm em pontos do Centro para o Oeste gaúcho. O modelo WRF inicializado com o modelo europeu apresenta o cenário mais extremo de chuva com volumes extremamente altos no Norte do Uruguai (Artigas) e no Oeste gaúcho.

O que nos chamou a atenção hoje também foi como o modelo alemão Icon deslocou a área de chuva volumosa para a região de Porto Alegre, onde a chuva mais forte deve se dar com a frente fria na sexta. O modelo Icon agora indica até 100 mm para a área da capital, mas outras simulações não apresentam volumes tão altos, como o europeu que indica ao redor de 30 mm na sexta.

Mesmo não havendo consenso entre os dados quanto a Porto Alegre, advertimos que há risco de chuva forte a intensa com chance de alagamentos na capital na sexta-feira, quando da chegada e da atuação da frente fria.

Reiteramos ainda que é um cenário de precipitação que apresenta diversos riscos como inundações, pontos de alagamentos e rápida elevação de cursos pequenos d´água como arroios e córregos. Os rios da região, como Quaraí, Santa Maria, Ibirapuitã, Vacacaí, Vacacaí Mirim e Ibicuí, precisarão ser atentamente monitorados porque subirão e há risco de cheias.

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