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Equipes de resgate patrulham uma rua inundada em Conselice, perto de Ravenna, depois que uma enchente mortal atingiu a região de Emilia-Romagna. Dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar as suas casas. O aumento do nível das águas alagou mais casas e novos deslizamentos de terra isolaram vilarejos. Chuvas violentas transformaram ruas nas cidades e vilas da região de Emilia Romagna em rios. | ANDREAS SOLARO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

As autoridades italianas anunciaram que mais de 23.000 pessoas no Noroeste do país continuavam desabrigadas nesta segunda-feira (22), cerca de uma semana depois de chuvas torrenciais que provocaram enchentes e mataram 14 pessoas. A maioria dos deslocados está com familiares ou amigos, entretanto, aproximadamente 2.700 foram realocados em hotéis, escolas, academias e outros centros, detalharam as autoridades da região de Emilia-Romagna.

Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas nesta região com 4,5 milhões de habitantes. Cerca de 20 rios transbordaram devido às chuvas, que causaram deslizamentos de terra. A água também cobriu vastas áreas agrícolas e destruiu plantações. Embora a limpeza tenha começado em várias áreas, muitas permanecem inundadas.

As autoridades tentaram restabelecer a conexão à internet dos hospitais, administrações e escolas nesta segunda-feira. Além das perdas humanas, esta região – uma das mais ricas da Itália – sofreu estragos econômicos que ainda não podem ser quantificados.

Mais de 600 ruas seguem interditadas nesta segunda-feira e a região calculou que serão necessários 620 milhões de euros ou R$ 3,32 bilhões na cotação atual para recuperar a rede rodoviária. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, retornou antes do previsto da cúpula do G7, no Japão, para visitar algumas das áreas mais atingidas.


O esperado é que Meloni realize uma reunião de gabinete na terça-feira, na qual poderá desbloquear fundos de emergência destinados à região. Vários grupos privados prometeram fundos para ajudar na recuperação da região, inclusive o gigante franco-italiano de automóveis Stellantis, que prometeu um milhão de euros (R$ 5,36 milhões).

A Fórmula 1 e a Ferrari também ofereceram, cada um, o mesmo valor. O grupo francês de luxo LVMH, que engloba as marcas italianas Bulgari e Fendi, e a Kering, dona da Gucci, também fizeram doações sem especificar o valor para as vítimas da enchente.

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