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Junho é o mês com a terceira maior média histórica (1961-1990) mensal de precipitação em Porto Alegre com 132,7 mm. Esta época do ano, assim, está muito sujeita a eventos de chuva significativos no Rio Grande do Sul. Há dez dias, no dia 14, o acumulado de chuva em 24h no Jardim Botânico foi de 67,6 mm, metade da média histórica mensal em um dia. Nas últimas três décadas podem ser encontrados vários episódios de chuva superior a 50 mm em só 24h (até 9h da manhã) na estação do Jardim Botânico. Foram 64 mm em 17/6/2010, 57,8 mm em 10/6/2007, 65,6 mm em 11/6/2007, 71,9 mm em 11/6/2004, 95,1 mm em 10/6/1999, 50,3 mm em 14/6/1997, 58,2 mm 25/6/1995, 77,1 mm em 19/6/1994 e 64,2 mm em 4/6/1993.


A MetSul Meteorologia reitera o alerta sobre temporais isolados com raios e granizo e chuva muito volumosa a excessiva para a Metade Norte do Rio Grande do Sul. Os dados são consistentes em indicar acumulados para a região acima de 100 mm na esmagadora maioria dos municípios e que podem ficar em 200 mm ou mais em alguns pontos no somatório até o domingo. Há modelos que chegam a projetar volumes ao redor dos 300 mm. De acordo com todos dados, as precipitações mais intensas se dariam em locais do paralelo 30ºS para o Norte entre amanhã e domingo. É sobre as áreas com chuva mais extremada é que existe contradição entre os modelos. Alguns (caso do norte-americano no mapa abaixo) apontam que os maiores volumes se concentrariam na Serra, Aparados da Serra e Litoral Norte enquanto outros projetam que os mais altos acumulados neste período de grande instabilidade atmosférica ficariam no Médio e Alto Uruguai, Missões, Alto Jacuí e ainda no Planalto Médio.


Com isso, Porto Alegre estará no limite Sul das regiões de chuva mais volumosa, o que inclui a área da Capital e região metropolitana na zona de risco de chuva significativa. O tempo deve ser muito úmido e instável entre esta quarta-feira e o domingo em Porto Alegre com alto risco de chuva forte em alguns momentos, já a partir desta quarta.  Com a perspectiva de precipitações volumosas, a MetSul alerta que será preciso monitorar com muita atenção os níveis dos rios da Metade Norte, uma vez que podem apresentar cheias. À medida que a chuva for ocorrendo e se tiver acesso aos dados pluviométricos serão emitidos os alertas sobre quais bacias apresentam maior risco. O cenário deve exigir atenção também no estado de Santa Catarina, onde diversas regiões igualmente tendem a registrar volumes muito altos de chuva no decorrer dos próximos dias.