Uma forte ressaca do mar atingiu nesta sexta-feira os litorais dos três estados do Sul do Brasil. Houve estragos e transtornos à população. A forte agitação marítima afetou principalmente praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e balneários catarinenses e paranaenses. Em Capão da Canoa, no Litoral Norte gaúcho, a elevação da maré com a ressaca alcançava o calçadão da orla.
TEMPO | Forte ressaca nesta sexta-feira em Capão da Canoa, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Vídeo de Max Machado.
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— MetSul.com (@metsul) April 1, 2022
Em Santa Catarina, a maré alta e a ressaca do mar em Bombinhas provocaram estragos nas ruas mais próximas ao mar. Em Zimbros, postes também foram derrubados pela força das ondas. Segundo a Defesa Civil do município, algumas casas ficaram sem energia elétrica, nas ruas Itajaí Mirim, Rio Jacuí e Rio Juquiá.
A Celesc, a empresa de energia de Santa Catarina, conforme a Defesa Civil, só deve fazer o reparo da rede assim que a maré baixar. Foram contabilizadas 57 interrupções. O Corpo de Bombeiros esteve no local e isolou a área. As informações são do jornal Notícias do Dia.
O mar ficou furioso também na costa do Paraná. A violência das ondas assustou os moradores da na praia de Matinhos na madrugada desta sexta-feira. Com maré alta e ondas fortes, a água invadiu a calçada da beira-mar e chegou até a porta de construções que ficam de frente para a praia.
A Marinha do Brasil tinha emitido um aviso de mar grosso com ondas de 3 a 5 metros para a área Alfa entre o Chuí (RS) e o Cabo de Santa Marta (SC). O mar vai seguir agitado na costa do Sul do Brasil nas próximas horas com tendência de a ressaca ceder no fim de semana. As atenções de voltam agora ao litoral do Sudeste. A Marinha tem aviso de mar grosso com ondas de 2,5 metros entre Ilhabela (SP) e Arraial do Cabo (RJ).
Fortes ressacas do mar costumam acompanhar o ingresso de massas de ar frio de grande intensidade durante os meses de outono, inverno e primavera, e mais raramente no verão. As incursões frias, muitas vezes acompanhadas de ciclones no Atlântico Sul, geram pistas de vento com swell que acaba em ressaca na costa.
A circulação marítima traz instabilidade em pontos entre o Nordeste gaúcho e o Leste de Santa Catarina e o Paraná, o que explica a chuva isolada de hoje em Porto Alegre. O aporte de umidade do mar para o continente 370 mm de chuva para Ubatuba (SP) nas últimas 72 horas e causou chuva intensa em parte da cidade do Rio de Janeiro. O risco de chuva excessiva segue entre os litorais de São Paulo e do Rio.
O Rio Grande do Sul começou abril com uma madrugada e amanhecer com cara mais de julho com mínimas muito baixas para esta época e que normalmente somente ocorreriam mais tarde no ano. Termômetros indicaram -0,7ºC em São José dos Ausentes e -0,1ºC em Cambará do Sul.
Na Grande Porto Alegre, a temperatura mínima da sexta foi de 7,0ºC na Lomba Grande, zona rural de Novo Hamburgo. Foi a menor temperatura na estação desde 16 de setembro do ano passado, quando fez 6,8ºC no local. Em Porto Alegre, a mínima medida pelo Instituto Nacional de Meteorologia no Jardim Botânico desceu a 10,6ºC.