O fenômeno La Niña segue presente no Oceano Pacífico Equatorial, mas muito fraco e está perto do fim.
Com efeito, o último boletim semanal atualizado na segunda-feira pela agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) registrou uma anomalia de -0,5°C no Pacífico Equatorial Central, a região Niño 3.4.
Esta área do Pacífico é que designa oficialmente a condição do oceano e o valor de -0,5°C é o exato limite de La Niña e neutralidade. Além disso, na região Niño 1+2 que tem impacto no regime de precipitação e nos volumes de chuva no Rio Grande do Sul, a anomalia foi igualmente de -0,5ºC. Esta região, entretanto, não é usada para designar se há La Niña, neutralidade ou El Niño.
La Niña is hanging on in the tropical Pacific, but it's time may be up. It’s likely a transition to neutral will occur in the next month or so, and the chance of neutral goes up to 80% in May–July. https://t.co/sVAzfG7Nk1 pic.twitter.com/yACJzwX0UD
— NOAA Climate.gov (@NOAAClimate) April 13, 2021
O perfil das anomalias da temperatura do mar abaixo da superfície do oceano mostra que ainda há uma área pequena de águas mais frias. Observa-se, porém, grande área de águas mais quentes avançando a partir do Oeste abaixo da superfície e que nas próximas semanas deve fazer com que as águas superficiais aqueçam.
Com isso, a NOAA prevê 80% de probabilidade de que a La Niña chegue ao fim e o Pacífico passe para uma condição neutra nos próximos 30 a 60 dias. Na prática, o anúncio da agência norte-americana significa que não será surpresa se já neste abril o episódio da La Niña tenha o seu fim declarado.