NOAA

O ano de 2021 começou com o fenômeno La Niña ainda presente na área equatorial do Oceano Pacífico, onde atua desde agosto do ano passado. Após breve enfraquecimento no mês de dezembro, a La Niña voltou a se intensificar no final do último mês e agora nos primeiros dias de janeiro. 

O boletim desta semana da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a NOAA, apontou anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central, a denominada região Niño 3.4, de +1,2ºC. É um valor que coloca a La Niña em território de intensidade moderada após ter chegado a +0,9ºC em dezembro, que é intensidade fraca. Já o Pacífico Equatorial Leste, a chamada região Niño 1+2, perto da América do Sul, área que tem forte influência no regime de chuva do Rio Grande do Sul durante o verão, apresentou resfriamento maior nas última semana e depois de ter alcançado 0,0ºC de anomalia caiu para -1,3ºC. É um sinal negativo para chuva aqui no Estado. 

Os dados desta semana mostram também que há ainda uma grande quantidade de águas mais frias do que a média abaixo da superfície do oceano, o que sinaliza a continuidade da La Niña ainda por um longo período. 

A tendência, conforme a análise da MetSul, é que o fenômeno La Niña atua durante todo este verão e persista até, ao menos, o outono deste ano com a perspectiva de trazer chuva mais irregular no território gaúcho com estiagem em diversas regiões e a possibilidade de episódios de frio mais cedo talvez já no fim do verão ou no começo do outono.